Os criptoativos vêm se fortalecendo em todo o mundo. Esse mercado já reúne milhões de pessoas e marcas conhecidas mundialmente passaram a ter suas próprias moedas ou investir nos ativos, como o Burger King, que criou o whoppercoin, e o Mercado Livre, que comprou cerca de R$ 40,9 milhões em bitcoins.
As criptomoedas funcionam com base na tecnologia blockchain, uma cadeia de informações em blocos em que as transações são criptografadas. Trata-se de uma espécie de “grande livro contábil digital”, onde são registrados os valores enviados e recebidos, o que garante mais segurança ao processo. Além disso, o blockchain é público e permite que as pessoas tenham acesso às operações para auditá-las, o que reduz o risco de fraudes ou falha humana.
Então, não se engane: nem toda moeda digital é uma criptomoeda. O Banco Central do Brasil anunciou recentemente o “Real Digital”. Trata-se de um ativo virtual que possui algumas diretrizes claras que o afastam do modelo de criptoativos. Neste caso, trata-se de uma extensão da moeda física, ou seja, se você tiver R$ 100 digitais hoje, daqui um ano terá o mesmo valor.
Atualmente, o mercado possui aproximadamente 9,8 mil criptomoedas ativas e suas cotações variam de acordo com a demanda dos investidores. No começo de 2021, o setor movimentou cerca de US$ 68,3 bilhões diariamente e chegou a ter US$ 2 trilhões. Segundo um estudo da Criptomoeda.org, o Brasil é o 11º país em uso da tecnologia blockchain no mundo.
Um exemplo de sucesso recente é o caso do brasileiro Glauber Contessoto, que utilizou suas economias e ainda pediu dinheiro emprestado para apostar em dogecoin, moeda digital inspirada em um meme de cachorro. Com isso, ele transformou US$ 250 mil em dogecoin, que chegou a ter valorização de 8.100% no período. Apesar da loucura, depois de 16 dias de investimentos, Glauber já tinha US$ 2 milhões em sua conta. Porém, vale destacar que este mercado ainda é bastante volátil e desvalorizações abruptas no preço das criptomoedas podem ocorrer. Ao investidor cabe estudar muito bem sobre o ativo que vai comprar.
Para expandir a criptoeconomia no Brasil, existem diversas empresas que possibilitam a aprendizagem para aqueles que desejam começar a investir em moedas digitais e evitar assim possíveis sustos com a sua volatilidade. A Monnos, plataforma brasileira de criptomoedas que opera globalmente e tem seu produto voltado para qualquer perfil de investidor, é uma dessas alternativas.
A empresa permite que o usuário compre, venda e faça pagamentos com criptomoedas em um único lugar – tal modelo de negócios é conhecido mundialmente como CryptoBank. A Monnos oferece, por exemplo, cerca de 60 criptomoedas diferentes, além de crypto wallet (carteira de criptomoedas), portfólio management (gerenciamento de portfólio) e social trading (negócios em rede).
Na plataforma, é possível que qualquer usuário torne pública a sua estratégia de investimento em criptomoedas, a ser classificada em um ranking de performance. E todos os usuários podem seguir uma ou mais estratégias públicas. Quem tem sua estratégia seguida por outros, ganha notoriedade e uma taxa mensal, fixada por ele mesmo.
Embora a maioria das autoridades públicas responsáveis pela política monetária dos países não tenha regulado as criptomoedas para conferir segurança jurídica ao negócio, este é o mercado que só tende a crescer.
Vitor Magnani é presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O) e do Conselho de Comércio Eletrônico da Fecomercio/SP. Professor da FIA e especialista em Relações Institucionais e Governamentais para ecossistemas inovadores.
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