O Pinterest, rede social de compartilhamento de fotos, acaba de chegar aos 400 milhões de usuários ativos mensais. Criada no começo de 2010 por Paul Sciarra, Evan Sharp e Ben Silbermann – este último detentor de uma fortuna de US$ 1,5 bilhão, segundo ranking em tempo real da Forbes –, a plataforma aproveitou o marco para fazer uma nova pesquisa sobre seus usuários.
De acordo com o levantamento, as mulheres, que foram as primeiras a aderirem à rede social, ainda representam sua maioria – 60% dos usuários totais –, embora o número de homens cresça a taxas de quase 50% ao ano. No caso deles, a motivação passa, principalmente, pela busca de ideias para atividades em casa, que vão de backsplashes (revestimento localizado na parede entre o balcão da cozinha e os armários superiores) à panificação.
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A pesquisa também revelou que eles querem fazer upgrades na cozinha – o termo “cozinha modular” teve alta de 12 vezes, enquanto “soluções de armazenamento para cozinha” aumentou sete vezes – ou cuidar da aparência (“moda masculina de streetwear” aumentou quase seis vezes e “cuidados para uma pele saudável” teve alta de nove vezes). A procura por “looks de maquiagem criativos” entre os homens também aumentou quase sete vezes em comparação à mesma época do ano passado. Além disso, esse público anda muito criativo na cozinha: a busca por “refeição de um prato único” dobrou e por “receitas de pão artesanal” aumentou cinco vezes e meia.
A Geração Z – que vai dos 18 aos 24 anos – e os Millennials – de 25 a 44 – também são responsáveis por grande parte do crescimento da rede social. No segundo trimestre, o público abaixo dos 25 anos cresceu duas vezes mais rápido que o de visitantes acima dessa idade. Essa geração usa a plataforma para pesquisar sobre moda, encontrar ideias de decoração e ver dicas de estudo, mas o levantamento também revelou que ela não está apenas pensando no próprio futuro, já que busca informações sobre problemas sociais e iniciativas inspiradoras.
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Entre os usuários da Geração Z, as pesquisas por “igualdade de gênero” aumentaram em cinco vezes. A mesma taxa de crescimento foi detectada em buscas por “check-in de saúde mental”, enquanto o tema “ideias positivas sobre o corpo” mostraram alta de nove vezes. Eles também buscam ferramentas de planejamento como “diário de pensamentos” (alta de 19 vezes) e “habilidades para a vida” (alta de cinco vezes). Além disso, exploram estéticas promissoras da internet, como “moda cottagecore” (alta de 80 vezes), e inspirações para decoração, como “quarto indie” (alta de 96 vezes). A conclusão do levantamento é que esse público usa a plataforma para planejar em vez de postar sobre o passado.
Já os Millennials, que crescem a taxas de 36% de um ano para outro na rede social, estão usando a plataforma durante a quarentena para conciliar as novas tarefas em casa com o emprego de período integral. Seus interesses passam pela preparação da casa para atividades familiares, com pesquisas por “planos para família em casa” (alta de 10 vezes) e compras de objetos para espaços domésticos, como “área de estar no quintal” (alta de 34 vezes). Com a rotina escolar acontecendo agora dentro de casa, eles também procuram inspiração como “planilhas de matemática para atividades pré-escolares” (que aumentou 28 vezes) e “escritório para crianças” (alta de 10 vezes).
Mesmo no confinamento, essas pessoas se mostraram criativas e buscaram ideias de moda e maquiagem. Interesses por “moda com joias de ouro”, por exemplo, registraram 11 vezes mais procura, enquanto “mechas coloridas para o cabelo” teve uma alta de 58 vezes nas buscas.
Para efeito de comparação, o Facebook, que foi aberto ao público acima dos 13 anos em 2006, depois de funcionar apenas para os universitários norte-americanos, atingiu 2,7 bilhões de usuários em julho. Já o Instagram, lançado em outubro de 2010, teria, segundo uma pesquisa da Socialbakers de março deste ano, ultrapassado seu principal concorrente.
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