Após o maior período de expansão econômica da história dos Estados Unidos, o coronavírus resultou na maior contração de um primeiro trimestre desde a Grande Recessão.
A economia norte-americana já sentiu impactos profundos do coronavírus. Essa foi a conclusão tomada por investidores após a divulgação dos dados do primeiro trimestre de 2020. A expectativa já era ruim, uma contração de 4%, mas os dados foram ainda piores com uma retração de 4,8%. O ritmo de desaceleração mais rápido desde o final de 2008, e considerando primeiros trimestres, desde a Grande Recessão.
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Os números preocupam, pois o período ainda não contemplava tantos dias de isolamento, quanto o segundo trimestre registrará. Por mais que o governo norte-americano tenha aprovado estímulos com magnitudes nunca vistas antes na história da humanidade, a tendência é que o próximo trimestre registre um estrago ainda maior.
Os dados do primeiro trimestre mostraram uma forte contração no consumo, de 7,6%, que realmente preocupam, pois esse segmento representa em torno de 70% do PIB da maior economia do mundo. Para efeito de comparação, o consumo não se retraia tanto em um trimestre desde 1980.
Os investimentos privados, que já vinham duramente impactados em 2019 pela guerra comercial com a China, também recuaram consideravelmente neste começo de 2020.
Com isso, os dados anulam as poucas dúvidas que restavam em torno da possibilidade do país entrar em recessão. A magnitude ainda gera um fator complicador a mais, ela sugere que a recuperação rápida, a chamada recuperação em “V”, deve ser algo bem improvável. Tudo indica que os próximos meses serão de quebradeira geral em pequenas e médias empresas.
Vale acompanhar a saúde da maior economia do mundo, que por mais que tenha se voltado para o lema “América primeiro”, ainda é um dos principais parceiros comerciais de diversos países, e impacta duramente a economia do restante do mundo quando enfrenta dificuldades.
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