O dólar fechou em queda ante o real hoje (17), mas acumulou firme ganho na semana, marcada pela divulgação de dados em todo o mundo que destacaram a profundidade da recessão global.
No mais recente, a China divulgou a primeira contração trimestral de seu Produto Interno Bruto (PIB) desde pelo menos 1992. O número se seguiu a dados bastante negativos na quarta e quinta-feira nos Estados Unidos. Os países são as duas maiores economias do mundo.
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Os relatórios foram divulgados na mesma semana que o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que a economia global sofrerá neste ano a maior contração desde a década de 1930, com o Brasil devendo amargar a maior retração desde pelo menos 1962.
Períodos de recessão aumentam a demanda por ativos seguros, o que acaba valorizando o dólar.
O dólar à vista caiu 0,39%, a R$ 5,2359 na venda. Na semana, a divisa ganhou 2,85%. Em 16 semanas deste ano, o dólar subiu em 14, caindo em apenas duas. Em 2020, a moeda norte-americana acumula valorização de 30,48%.
Para Joaquim Kokudai, gestor na JPP Capital, mesmo considerando a recessão global, o preço do dólar no Brasil parece estar excessivamente alto. “Acho que não temos tanto espaço para queda de juros, mas de toda forma ainda está difícil ter uma clareza de quando voltamos ao normal”, disse.
Em teoria, uma interrupção no processo de cortes de juros poderia dar suporte ao real, já que evitaria nova queda nas taxas de títulos de renda fixa, que, assim, teriam mais chance de atrair capital externo.
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Na avaliação do gestor, o que o Banco Central pode fazer agora é continuar ofertando liquidez via leilões de câmbio e deixar a Selic estável.
O juro básico está na mínima histórica de 3,75% ao ano. (Com Reuters)
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