O principal índice da bolsa paulista caiu hoje (30), mas o forte rali das últimas três sessões, em meio à melhora das expectativas mundiais para o pós-coronavírus, o levou a fechar abril com o melhor desempenho mensal em 15 meses.
O Ibovespa caiu 3,2% na sessão, para 80.505,89 pontos. Ainda assim, acumulou alta 10,25% no mês, marcando o maior avanço mensal desde janeiro de 2019, quando teve ganho de 10,8%. Na semana, o avanço foi de 10,8%.
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O volume financeiro do dia somou R$ 27,7 bilhões, abaixo da média diária recente, antes do feriado que paralisa os negócios amanhã (1).
Na sessão, o Ibovespa foi pressionado por Wall Street, com agentes reagindo a dados de auxílio-desemprego dos EUA e à ausência de grandes medidas de política monetária do Banco Central Europeu. O índice S&P 500 caiu 0,92%.
Enquanto seguiram monitorando a evolução diária do Covid-19 no mundo, analistas também deram atenção a números trimestrais corporativos e de atividade econômica, assim como aos pacotes de governos, para tentar medir a dimensão e duração do estrago sobre os ativos financeiros consequentes das medidas de isolamento para tentar o avanço da pandemia.
Em meio a dados assustadores de retração econômica e a previsões sombrias de empresas, os agentes encontraram algum alívio em um punhado de balanços trimestrais acima do esperado, novas ofensivas de flexibilização monetária ao redor do mundo e na esperança de tratamentos eficazes para o coronavírus. “Tendo passado por medidas que alteraram profundamente a forma de fazer negócios, as economias estão, cautelosamente, voltando à normalidade enquanto as pesquisas para encontrar uma cura avançam”, afirmaram analistas da Levante Investimentos.
Nesta sessão, os agentes encontraram bons motivos para vender ações em embolsar parte dos lucros dos últimos três dias.
Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 3,84 milhões na semana encerrada em 25 de abril. No Brasil, a taxa de desemprego terminou o primeiro trimestre em 12,2%, com 12,85 milhões de desempregados, movimento sazonal, mas que já deu os primeiros sinais da pandemia.
Em outra frente, investidores também reagiram ao possível adiamento do alívio nas medidas de isolamento para combater o vírus. A pandemia deve chegar ao seu pico no Brasil em 10 de maio e há chance de se agravar depois com a queda no isolamento social em parte do país. (Com Reuters)
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