Ativos domésticos estão seguindo noticiário local e apresentando dinâmica própria no final desta semana de negociação. A incerteza em torno da permanência do ministro da Justiça, Sérgio Moro, não foi bem recebida por investidores.
Fechamento
Assim que os rumores da saída do ministro da Justiça, Sérgio Moro, começaram a surgir, observamos uma piora no comportamento de ativos domésticos. A bolsa foi prejudicada com o sentimento de aversão a risco, juros subiram cerca de 20 a 25bps os médios, as longas entre 35 a 40bps, e as Bs de 10 a 20 bps. Por fim, o câmbio que já seguia movimento de desvalorização de moedas emergentes por conta de corte de juros de Bancos Centrais, ultrapassou 5,50.
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Abertura
Existem informações em diversas direções sobre a permanência do ministro Moro. Sua coletiva está marcada para às 11 horas. Caso confirmada a saída, teremos mais um dia de deterioração nos ativos, se anunciar a permanência, o dia ainda promete ser difícil. Após boa parte da semana os mercados terem ido para o campo positivo com a melhora no mercado de petróleo, dúvidas sobre a eficácia de um tratamento para o coronavírus apagou o otimismo visto recentemente.
Independentemente do desfecho, a instabilidade política no meio de uma crise de saúde é algo que impressiona negativamente. O médio prazo começa a se desenhar de forma bem mais negativo do que era dito no começo do ano por investidores. Se uma das frases da semana foi “nunca foi tão bom ser comprador de petróleo”, por conta da cotação negativa vista na segunda-feira (20) do contrato de maio nos Estados Unidos, “nunca foi tão bom ser oposição” é algo que deve estar sendo dito entre aqueles que se colocam contra o Planalto. Com “marcação própria”, as crises são geradas internamente, sem nenhum esforço dos opositores.
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