Sentimento mais positivo em torno do mercado de petróleo, contamina pelo segundo dia seguido mercados pelo mundo. Possibilidade de nova ação coordenada de cortes na produção e fala mais dura de Donald Trump sobre o Irã são catalisadores da vez.
Fechamento
Bolsa voltou a fechar acima de 80 mil pontos, algo que não ocorria desde a primeira quinzena de março. Os dois principais motivos do dia foram a melhor perspectiva do petróleo e o pacote fiscal norte-americano.
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Do lado do petróleo, começa a especulação de que a Opep estaria disposta a cortar mais 10 milhões de barris por dia de sua produção, o que seria anunciado no dia 10 de maio. Também colaborou o fato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter autorizado sua Marinha a atacar navios do Irã que ameaçassem embarcações de seu país. Sendo o Irã um dos maiores produtores da commodity do mundo, a perspectiva de oferta menor colaborou.
No câmbio, vemos um movimento ainda conectado a fala recente do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugerindo novos cortes de juros pela frente.
Soma-se ao discurso o fato de Turquia e México terem realizados cortes nas taxas de juros durante o feriado, o que provocou um fortalecimento do dólar ante moedas de países emergentes.
Abertura
Bolsas pelo mundo continuam na esteira da melhora no mercado de petróleo. No entanto, hoje (23) alguns mercados repercutem indicadores locais. Foram divulgados os PMIs de abril, e o resultado foram novas mínimas históricas negativas pelo mundo. Zona do euro e Japão com destaque negativo para o setor de serviços dentro do indicador. Ainda olhando para o quadro externo, o PIB da Coreia do Sul recuou 1,4% ante o último trimestre do ano passado, a maior queda desde 2008, chamando atenção a queda forte nas exportações.
No Brasil, o Senado aprovou medidas para ampliar categorias que podem receber o auxílio de R$ 600 do governo. Decisão aguarda sanção presidencial para entrar em vigor. O isolamento começa a modificar hábitos de consumo dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva a crise já mostra uma tendência de digitalização da economia da baixa renda.
A compra pela via aplicativos cresceu mais de 30% no primeiro mês de isolamento, com destaque para dois grandes mercados consumidores: o das pessoas com mais de 50 anos, que é o principal do país, e o das classes C, D e E.
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