Iniciamos essa semana com uma forte queda nas cotações mesmo com a decisão da Opep+ (Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) de cortar a produção de petróleo. A resposta para esse movimento está muito mais conectada ao lado da demanda que aponta que com a diminuição coordenada da oferta, bem efetiva em anos anteriores, pouco pode fazer atualmente.
Depois de relatos de problemas no estoque de petróleo em diversas regiões do mundo, a capacidade de armazenagem norte-americana também parece estar sendo duramente afetada com a crise do coronavírus. Segundo a “Bloomberg”, no Texas compradores oferecem preços em torno de US$ 2/barril o que significa que temos produtores quase pagando para compradores levarem os barris. A armazenagem no núcleo de Oklahoma saltou para 55 milhões de barris, ante uma capacidade de estocagem de 76 milhões de barris.
Relatos como esse, somado a falta de liquidez para o contrato de curto prazo, com a migração de investidores para o do período seguinte, provoca queda forte nas cotações, levando para patamares da década de 1990.
Retornando ao ponto inicial, os esforços de controle de produção da Opep+ de cortar a oferta em 9,7 milhões de barris por dia, faz pouco efeito diante de uma estimativa de queda na demanda entre 20 e 25 milhões de barris por dia.
Pensando na dinâmica de curto e médio prazo, quanto mais durar a crise, mais produtores serão forçados a interromperem e selarem poços de petróleo no curto prazo. No médio prazo, membros da Opep conseguem retomar a produção mais rápido, que o restante do mundo. O que acelera a recuperação de preços em um cenário de normalização da demanda com o fim da quarentena.
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