A MRV teve queda no lucro do primeiro trimestre, uma vez que o aumento das provisões esperadas para inadimplência e a concessão de maiores descontos mostraram os primeiros impactos da pandemia da Covid-19 sobre as margens da construtora.
A companhia anunciou ontem (28) à noite que seu lucro líquido do período somou R$ 115 milhões, recuo de 39,1% contra mesma etapa de 2019.
Refletindo as expectativas de aumento da inadimplência e a concessão de maiores descontos para a venda de imóveis, a margem bruta caiu 3,7 pontos percentuais no comparativo anual.
A empresa adiantou ter registrado significativo aumento na procura por imóveis, em março e abril, após a concessão de maiores descontos.
Por ordem de governos regionais, a MRV disse que chegou a ter 20% das obras paralisadas, percentual que caiu para 6% em maio, o que tende a impactar os resultados operacionais deste segundo trimestre.
A MRV ainda teve uma queima de caixa de R$ 181,6 milhões no primeiro trimestre devido ao atraso nos repasses do governo para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
“Felizmente, a solução para o problema dos repasses já foi alcançada e não vemos motivos para enfrentarmos novos entraves no decorrer de 2020”, afirmou a empresa no balanço.
O resultado operacional da MRV medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 24,9% ano a ano, para R$ 205 milhões. A margem Ebitda recuou 4,4 pontos percentuais, para 13,7%.
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A receita líquida foi de R$ 1,5 bilhão, queda de 0,6% ante mesma etapa de 2019, com apoio do recorde de vendas líquidas.
O nível de alavancagem financeira, medida como proporção da dívida líquida em relação ao Ebitda, subiu de 1,06 vez em dezembro para 1,33 vez. (Com Reuters)
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