O pessimismo em relação aos próximos meses diminuiu levemente em maio e a confiança do consumidor teve alta, em um movimento de acomodação diante dos impactos da pandemia de coronavírus, de acordo com os dados divulgados hoje (25) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 3,9 no mês, chegando a 62,1 pontos, mas a FGV destacou que o resultado “pode ser interpretado como uma acomodação ao recuperar apenas 13,2% da queda de 29,6 pontos acumulada nos dois meses anteriores”.
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A pesquisa mostrou que em maio as avaliações sobre a situação presente continuaram a se deteriorar, enquanto as expectativas recuperaram parte das perdas sofridas em abril.
O Índice de Situação Atual (ISA) perdeu 0,6 ponto e foi a 65,0 pontos, menor nível desde dezembro de 2016. Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 6,7 pontos, para 61,7 pontos, após ter atingido mínima histórica no mês anterior (55,0 pontos).
“No momento presente, grande parte dos consumidores sentem os impactos da pandemia e avaliam piora na situação econômica geral e financeira das famílias. Com o orçamento doméstico comprometido pela necessidade de isolamento social levando a casos de redução de renda por demissão, suspensão de trabalho ou redução proporcional de salários e jornada de trabalho por pelo menos um membro familiar, as famílias de baixa renda são atualmente as que mais sentem dificuldades”, analisou a coordenadora das sondagens na FGV, Viviane Seda Bittencourt.
Em maio, houve piora da percepção sobre a situação econômica no momento e manutenção da insatisfação em relação a situação financeira das famílias.
Com relação aos próximos meses, o quesito que mede as expectativas sobre as finanças familiares foi o que mais contribuiu para a melhora da confiança, avançando após quatro meses seguidos de queda e atingido o menor nível da série histórica. (Com Reuters)
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