O IBGE apresentou hoje (13) os dados das vendas no varejo durante o mês de março. A exemplo de boa parte dos indicadores, foi constatada uma queda de 2,5% nas vendas, motivada, principalmente, pela pandemia pela qual o país enfrenta. Isso configura o pior resultado para março desde 2003, quando o setor registrou uma retração de 2,7%.
O recuo foi observado em seis das oito atividades pesquisadas e só não foi mais intenso em função de áreas consideradas essenciais durante o período de isolamento social.
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O grande destaque positivo foi a atividade de hipermercados e supermercados, que reúne produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 14,6%, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de 1,3%.
O segmento de hipermercados passou de um peso no varejo, de abaixo de 50%, para 55% em março. Esse número certamente segurou o índice geral.
Vale ressaltar que, nos próximos meses, essas atividades devem ser normalizadas, acompanhando o recuo no consumo geral que a crise está provocando – embora em menor magnitude.
Ao olhar para o lado negativo do indicador, podemos ver quedas bruscas. Tecidos, vestuário e calçados (- 42,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (- 36,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (- 27,4%), móveis e eletrodomésticos (- 25,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (- 14,2%), combustíveis e lubrificantes (- 12,5%) influenciaram o resultado geral do varejo.
O IBGE pontuou, ainda, um outro fato: mercados que vendem além de produtos alimentícios, como itens de vestuário, móveis e eletrodomésticos, tiveram um rebate para cima, já que boa parte desses produtos teve suas vendas transferidas das lojas especializadas para hiper e supermercados.
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