O dólar operava em queda acentuada contra o real hoje (26), ampliando as perdas da véspera e indo abaixo de R$ 5,40 em meio a exterior otimista e a percepção de menor risco político no cenário local.
Às 10:16, o dólar recuava 1,52%, a R$ 5,3752 na venda, marcando o quinto pregão consecutivo de perdas para a divisa norte-americana. Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 5,3660 na venda, menor patamar desde 30 de abril. Na B3, o dólar futuro era negociado em queda de 1,27%, a R$ 5,376.
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O clima nos mercados era de apetite por risco mais uma vez em meio a reaberturas das principais economias no mundo. A Espanha pediu aos turistas estrangeiros que retornem ao país a partir de julho, à medida que diminui uma das restrições mais rígidas da Europa, enquanto o Reino Unido pretende reabrir milhares de lojas de rua, lojas de departamento e shopping centers no próximo mês.
No exterior, acompanhando as expectativas de recuperação, o dólar perdia contra algumas das principais dividas arriscadas, como dólar australiano, peso mexicano, lira turca e rand sul-africano.
“As atenções continuam voltadas ao avanço do desenvolvimento de vacinas e ao ritmo de reabertura das economias”, disse em nota o Bradesco. “As bolsas europeias e os índices futuros norte-americanos avançam, ao passo que o dólar perde força ante as demais moedas.”
Enquanto isso, no âmbito doméstico, os mercados seguem refletindo alívio depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, objeto na investigação de possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Segundo analistas econômicos e políticos, o vídeo não trouxe grandes novidades, de forma que não eleva a probabilidade de impeachment contra Bolsonaro, acalmando temores dos mercados sobre uma escalada ainda maior nas tensões políticas brasileiras, que têm pressionado os mercados com força desde a saída de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça.
“O mercado local começa a contar com uma melhora política mais significativa e (…) os investidores desenham uma perspectiva mais positiva para a aprovação das reformas estruturantes, em partes para este ano”, escreveram analistas da Infinity Asset.
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O dólar à vista fechou a última sessão em queda de 2,08%, a R$ 5,458 na venda, menor patamar desde 30 de abril e maior desvalorização percentual diária desde 29 de abril.
Apesar das perdas recentes, o dólar ainda acumula ganhos de cerca de 34% contra o real no ano de 2020, impulsionado por um ambiente de juros baixo, tensões políticas e crescimento baixo no Brasil.
Hoje, o Banco Central ofertará até 12 mil swaps tradicionais com vencimento em setembro de 2020 e fevereiro de 2021, para rolagem de contratos já existentes. (Com Reuters)
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