A elétrica EDP Brasil registrou lucro líquido de R$ 271 milhões no primeiro trimestre, com recuo de 8,3% ante mesmo período de 2019, em resultados afetados por uma menor geração hídrica e “moderadamente impactados” pela pandemia de coronavírus.
A empresa controlada pelo grupo português EDP teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 698,6 milhões nos primeiros três meses de 2020, ou 1% abaixo do registrado nos mesmos meses do ano anterior.
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A receita líquida da companhia somou quase R$ 3,28 bilhões, com avanço de 16% na comparação anual. Mas a receita com geração hídrica ficou em R$ 316,8 milhões, com queda de quase 19% frente ao primeiro trimestre de 2019.
O volume de energia distribuído pelo grupo teve redução de 5,1%, sendo queda de 0,8% na concessionária da EDP em São Paulo e recuo de 11,3% no Espírito Santo.
A companhia registrou investimentos (Capex) de quase R$ 351,3 milhões no trimestre, ou 23,3% a menos que um ano antes.
A dívida líquida fechou o período em R$ 5,8 bilhões, avanço de 5,4%. Isso representa alavancagem equivalente a 2 vezes a geração de caixa, ou 2,3 vezes se considerada a participação da empresa nas hidrelétricas Jari, Cachoeira Caldeirão e São Manoel. Excluídos efeitos não recorrentes dos últimos 12 meses, a alavancagem seria de 2,5 vezes.
PRESERVAR CAIXA
Devido à pandemia de coronavírus, a EDP disse que estruturou “diversas iniciativas visando a preservação de caixa e a manutenção da saúde financeira que podem chegar a R$ 3,1 bilhões”.
A companhia listou uma já anunciada redução de dividendos e investimentos, além de antecipação de rolagem de dívidas e redução de custos operacionais.
O presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, destacou em nota que foram “mais de R$ 1,3 bilhão em redução de custos, racionalização de investimento, redução de dividendos e cancelamento de projetos”.
“Adicionalmente, a companhia reforçou o seu plano de captações, num valor superior a R$ 1,7 bilhão, para reforço de caixa ao longo do ano”, acrescentou Setas. (Com Reuters)
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