Mínima histórica, queda brusca/violenta, efeito devastador, forte queda, bem abaixo do esperado.
Se você leu alguma notícia sobre indicadores nos últimos cinco dias, certamente se deparou com alguma dessas expressões.
Desde que o mundo começou a montar séries históricas estatísticas, nunca tinha se observado uma correção tão forte – e sincronizada.
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Assim vimos o mercado de trabalho norte-americano chegar próximo aos patamares da Grande Depressão. Com a diferença de que, em um mês, 20 milhões de postos de trabalho foram destruídos. Nunca a história dos Estados Unidos havia registrado mais de três milhões de empregos sumindo em um único mês segundo o Bureau of Labor Statistics.
Tivemos ainda as vendas no varejo, que recuaram 11,2% na Zona do Euro, segundo a Eurostat. Esse foi o maior recuo desde que o bloco foi firmado.
Ainda no exterior, novamente surgiram tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China. O tema promete voltar a ficar em evidência com a proximidade das eleições norte-americanas. O presidente Donald Trump deve atribuir à China a culpa pela situação atual, numa tentative de desvincular a crise de seu governo.
No Brasil, o destaque vai para o Copom, que surpreendeu o mercado com um corte de 0,75%, levando a Selic para 3% ao ano, e indicando, ainda, que pode realizar um novo corte da mesma magnitude. Também importante foi a entrada do IPCA no campo deflacionário, com queda de 0,31% no mês de abril.
Em menor destaque, a Anfavea registrou uma queda de 99% na produção de veículos. Os shoppings que reabriram marcaram queda de 80% nas vendas e o fluxo nas estradas pedagiadas caiu 43,8%.
Tudo isso ocorreu apenas na primeira semana de maio. O mês que, nos últimos anos, nos entregou uma greve de caminhoneiros e a gravação de Joesley Batista, está apenas começando.
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