A rede de clínicas de medicina diagnóstica Fleury teve queda no lucro do primeiro trimestre, já acusando os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus, embora tenha alertado para grandes oportunidades de ganho de receita e de produtividade com a regulamentação da telemedicina.
A companhia anunciou ontem (14) que teve lucro líquido de R$ 58,7 milhões entre janeiro e março, queda de 36,6% ante mesma etapa de 2019. O resultado também veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 72,65 milhões para o período.
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A receita líquida do período até cresceu 1,9% ano a ano, para R$ 713,9 milhões, mas em ritmo inferior ao das despesas operacionais, de 9,7%, para R$ 78,9 milhões.
Segundo o Fleury, as medidas de isolamento social provocaram queda abrupta da demanda, o que resultou em menor eficiência de custos e despesas fixas, com perda de eficiência.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) encolheu 16,7%, para R$ 195,9 milhões. A margem Ebitda diminuiu 6 pontos percentuais, para 27,4%.
Em contrapartida, a empresa afirmou que identificou grandes oportunidades de crescimento de serviços digitais, como a de telemedicina, que foi regulamentada para tratamento da Covid-19 e que a empresa avalia que será mantida após o final da crise de saúde.
“É um caminho sem volta. Em cerca de um mês somamos mais de 2 mil médicos cadastrados, oriundos de 24 Estados”, afirmou a empresa no balanço.
Além disso, o Fleury iniciou em março o serviço de drive thru para testagem de RT-PCR e Sorologia, ambos para o diagnóstico da Covid-19 e que atualmente tem capacidade para 600 testes por dia. (Com Reuters)
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