Com parte do mês de março sendo afetado pelas medidas de isolamento, e o mês inteiro sendo impacto por problemas no envio de insumos da China, produção industrial despencou em março.
Segundo o IBGE, a produção industrial recuou 9,1% em março ante fevereiro. Isso configura o pior resultado para o mês desde 2002.
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Para comparação, investidores aguardavam uma queda de 3,3% para o mês, resultado bem abaixo do verificado.
O setor já estava se queixando de problemas no envio de insumos do mercado asiático, mas o isolamento social foi o grande vetor que puxou a produção industrial para baixo. Motivados pelas paralisações em diversas plantas industriais.
A última vez que a indústria tinha sido tão atingida fora em 2018, quando a greve dos caminhoneiros paralisou o país no mês de maio.
A maioria das atividades pesquisadas foram atingidas. O destaque negativo ficou com veículos automotores, reboques e carrocerias (-28%). O principal produto afetado, em termos de comportamento negativo, foi o de automóveis, mas o segmento de caminhões também apresenta perdas, assim como o de autopeças.
Do outro lado, o setor de alimentos teve uma queda bem menor que o restante. A maioria dos governadores trabalhou justamente para que o setor funcionasse da melhor maneira possível, para evitar qualquer risco de desabastecimento nas cidades.
Seguindo a abertura e justificativa apresentada pelo IBGE, o resultado de abril tende a ser ainda pior. Dado que o isolamento contemplou mais dias e regiões do país no mês seguinte ao apresentado hoje (5). Tivemos, por exemplo, diversas fábricas dando férias coletivas em abril.
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