Segundo o IBGE, a prévia da inflação de maio registrou -0,59%, a deflação mais intensa desde o início do Plano Real, em julho de 1994.
Novamente, o choque nos preços de petróleo impactaram o indicador significativamente. A gasolina, com queda de 8,51%, foi o item que apresentou o maior impacto individual negativo, contribuindo com -0,41 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Com isso já temos a segunda deflação seguida do indicador, que registrou -0,01% em abril.
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Olhando para outros destaques, as passagens aéreas, que assim como os combustíveis fazem parte do grupo Transportes (que tem o maior peso no consumo das famílias), tiveram queda de 27,08%, após subirem 14,83% em abril. Este grupo apresentou a maior deflação do mês.
Houve desaceleração no grupo Alimentos e bebidas, que registrou 0,46%, contra 2,46% do mês anterior. A principal influência no resultado desse grupo foram os alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 3,14% em abril para 0,60% em maio.
A segunda maior variação positiva no índice do mês veio do grupo Artigos de residência (0,45%), com destaque para as altas dos itens de tv, som e informática (2,81%) e dos eletrodomésticos e equipamentos (0,89%).
Quase no final do primeiro semestre, o IPCA-15 acumula alta de 0,35% no ano e, em 12 meses, a variação acumulada foi de 1,96%.
Notamos que o desafio do Banco Central de entregar a inflação, ao menos, no piso da meta (2,5%) parece cada vez mais distante. O Boletim Focus ajustou essa semana a projeção do IPCA para 1,57% em 2020. Para o ano de 2021, o indicador recuou para 3,14%.
A tendência é que o número de 2021 também recue nos próximos meses. Com esse cenário em mente, é importante saber que será necessário tomar mais risco como investidor, caso o intuito seja ampliar os retornos no médio prazo.
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