O Banco do Brasil reportou hoje (07) queda de 20,1% no lucro líquido do primeiro trimestre, quando elevou em R$ 2 bilhões suas provisões para potenciais perdas com empréstimos em razão da crise desencadeada pelo novo coronavírus.
O lucro líquido recorrente do banco controlado pelo governo, que exclui itens extraordinários, ficou em R$ 3,395 bilhões contra R$ 4,247 bilhões um ano antes, 24,5% abaixo da média das estimativas compiladas pela Refinitv.
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O BB também suspendeu suas projeções para 2020, citando o “ambiente de alta volatilidade e de incerteza decorrentes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que tem exigido atualizações frequentes de cenários e de premissas, dificultando a construção de estimativas acuradas”.
As provisões para perdas com empréstimos no primeiro trimestre aumentaram 63,3% em relação ao ano anterior, fazendo o retorno sobre o patrimônio cair para 12,5%, mais de 5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
Os números do BB mostram que os resultados operacionais da instituição iam bem até a crise começar em março. A receita de tarifas aumentou 4%, para R$ 7,1 bilhões, embora os ganhos com cartões de crédito e débito já tenham caído.
A carteira de empréstimos domésticos também aumentou 4,2% em relação ao trimestre anterior, impulsionada principalmente por desembolsos para grandes empresas, que buscavam linhas de crédito para enfrentar a pandemia.
O índice de inadimplência de 90 dias do Banco do Brasil permaneceu praticamente estável em 3,2% no primeiro trimestre.
O presidente-executivo, Rubem Novaes, discutirá as perspectivas do banco com jornalistas hoje pela manhã. (Com Reuters)
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