No dia 5 de novembro, os Estados Unidos viverão novas eleições. De um lado, teremos o atual presidente, Donald Trump, pelo Partido Republicano. Do outro, Joe Biden, deve ser o candidato do Partido Democrata.
Ao longo de diversas disputas, alguns parâmetros foram destacados por cientistas políticos para determinar, previamente, qual a probabilidade de um candidato que dispute a reeleição, ou que seja do partido do atual presidente, tenha mais chances de êxito.
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O primeiro desses parâmetros é a popularidade do atual governo. Trump nunca foi exatamente popular – pouco mais de um mês após ter assumido o cargo, as pesquisas já começaram a apontar que mais da metade dos eleitores desaprovavam seu governo.
O auge de desaprovação ocorreu em meados de agosto e setembro de 2017, quando as tensões com a Coreia do Norte subiram. Também aconteceram, na época, manifestações da KKK, neonazistas e outros grupos de ódio pelo país, com destaque para Charlottesville, onde um supremacista branco atropelou manifestantes contrários.
A posição do presidente em torno dos eventos desagradou o eleitorado norte-americano, levando sua impopularidade para 57%.
No começo da pandemia do coronavírus, o prestígio de Donald Trump voltou a sofrer, indo para 53% com a descrença do líder do país em torno dos efeitos da pandemia. Quando mudou de postura – e passou a assumir realmente a posição de líder do país na guerra contra o vírus -, os efeitos positivos logo surgiram. Pela primeira vez em três anos, o índice de desaprovação caiu para 49%.
Mas a trégua não durou muito, e a desaprovação voltou a subir, beirando novamente os 53%. Uma de suas principais bandeiras ao longo do mandato, a economia forte, foi impactada, a exemplo do que aconteceu em diversos países. Milhões de pessoas ficaram sem emprego em pouquíssimo tempo e diversos empresários tiveram que fechar seus negócios. E a taxa de desemprego sempre foi apontada como um dos principais fatores de influência nas eleições norte-americanas.
Um de seus redutos eleitorais, concentrado nos produtores de petróleo, ainda viveu um choque sem proporções. E, até o momento, a interferência de Trump na geopolítica envolvendo os principais produtores do mundo teve pouco efeito.
Ainda restam seis meses e, quem acompanha Trump, sabe que é tempo mais do que suficiente para que ele crie uma narrativa positiva com vistas à reeleição. Mas, hoje, as coisas estão bem mais complicadas do que se poderia imaginar durante boa parte do mandato.
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