Mesmo já tendo se passado um mês após sua realização, a reunião ministerial, cujo vídeo foi divulgado na última sexta-feira (22), está impactando o preço de alguns ativos. O destaque de hoje (25) é o Banco do Brasil, uma das maiores altas do Ibovespa no pregão do dia.
O ativo foi diretamente mencionado na reunião, que tinha a participação de seu presidente, Rubem Novaes, mas foi da boca do Ministro da Economia, Paulo Guedes, a fala sobre a privatização do banco que originou essa alta das ações.
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Guedes destacou que o banco estava sendo prejudicado por ser público, que seu funcionamento atendia a interesses e, por isso, deveria passar para a iniciativa privada o quanto antes.
Os investidores comemoram a notícia por concordarem tanto com a frase sobre o atual momento, quanto por terem um grande exemplo da interferência do governo federal no banco a ponto de afetar seus resultados. No governo Dilma, o Banco do Brasil entrou em ramos do mercado de crédito que não costumava atuar, muitas vezes expulsando a competição da iniciativa privada, mas que resultou em prejuízos financeiros para a instituição.
Desde o governo Temer, os bancos estatais estão mudando sua postura, o que corrigiu diversas distorções no mercado de crédito.
Segundo o entendimento dos investidores, a discussão ao redor da privatização evitaria o risco que os danos passados se repetissem, melhorando as projeções para o ativo, que disparou hoje na bolsa de valores.
Vale ressaltar que o BB já vinha tendo um desempenho melhor do que seus pares, pois é focado no agronegócio, setor que está sendo menos abalado pela crise do novo coronavírus. Assim, retirar um risco futuro de um ativo que já tem razões, hoje, para estar melhor que seus concorrentes provoca, naturalmente, uma valorização.
Ao que tudo indica, o debate sobre essa privatização ainda precisa amadurecer muito. Vemos que a discussão em torno da Caixa está andando de forma bem lenta. Mas o simples fato de a possibilidade estar sendo ventilada no Planalto agrada aos investidores.
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