O conglomerado alemão Thyssenkrupp alertou hoje (12) que seu prejuízo operacional pode aumentar para € 1 bilhão no trimestre de abril a junho devido à crise do coronavírus.
As ações do grupo de aço para submarinos caíam cerca de 15% com as notícias, que chamaram a atenção para uma rápida deterioração da maioria de suas linhas de negócios, uma vez que montadoras e outras indústrias foram paralisadas.
VEJA TAMBÉM: Honda tem prejuízo de US$ 274,4 milhões no 4º trimestre fiscal
O grupo, cujas operações vão desde a fabricação de peças de carros até a construção de fábricas de fertilizantes, disse que o trimestre encerrado em junho provavelmente será o ponto mais baixo de seu ano fiscal até 30 de setembro.
“O impacto total da crise em nossos negócios ainda não é previsível. Mas já está claro que as perturbações econômicas deixarão marcas muito profundas”, disse Martina Merz, presidente-executiva da Thyssenkrupp.
Em um sinal de quão apertada está a situação financeira do grupo, a Thyssenkrupp disse que garantiu uma linha de crédito de € 1 bilhão do banco estatal alemão KfW até receber o dinheiro da venda de sua divisão de elevadores, esperada para até o final de setembro.
“Não temos um problema de liquidez”, disse o vice-presidente financeiro Klaus Keysberg a jornalistas, apontando para € 4,5 bilhões em liquidez adicional que o grupo teve acesso em 31 de março.
Keysberg disse que o grupo estava em contato regular com a Advent e a Cinven, que em fevereiro concordaram em comprar a unidade de elevadores por € 17,2 bilhões, assim que a crise do coronavírus começou.
E AINDA: Thyssenkrupp vende divisão de elevadores por US$ 18,7 bilhões
“Não há indicações de que as coisas estejam ficando críticas”, disse ele, quando perguntado se havia um risco de o negócio entrar em colapso.
O grupo informou que o prejuízo líquido de janeiro a março do segundo trimestre aumentou mais de cinco vezes, para € 948 milhões, com a pandemia atingindo todas as linhas de negócios, principalmente siderurgia e automotiva, o maior grupo de clientes da Thyssenkrupp.
“O produto da venda da divisão de elevadores está derretendo como manteiga ao sol. A necessidade de ação é maior do que nunca”, disse Michael Muders, gerente de fundos da Union Investment, um dos 20 principais acionistas.
“Estamos aguardando ansiosamente a estratégia da unidade siderúrgica.”
A Thyssenkrupp atualizará os investidores sobre sua estratégia em 19 de maio. A empresa planeja encerrar ou vender ativos para interromper a saída de caixa. (Com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.