O dólar acelerava a queda a mais de 2% em relação o real hoje (5), aproximando-se novamente dos R$ 5 e caminhando para fechar a terceira semana consecutiva de perdas em meio a exterior otimista, com os investidores reagindo positivamente a dados melhores do que o esperado sobre o emprego nos Estados Unidos.
Às 10:10, o dólar recuava 2,47%, a R$ 5,0047 na venda. Na mínima do dia, a divisa norte-americana foi a R$ 5,0010. O dólar futuro de maior liquidez caía 2,29%, a R$ 5,008.
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O dia marcava o fim de uma semana positiva para ativos arriscados, que têm sido impulsionados pelo otimismo em relação a uma retomada da atividade nas principais economias devido aos relaxamentos graduais das restrições. Até agora, o dólar acumula queda de 5,8% contra o real desde o fechamento da última sexta-feira (29).
No exterior, outras moedas arriscadas — como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano — operavam em alta contra o dólar neste pregão.
“Investidores acompanham a divulgação de indicadores macroeconômicos, mas mantêm o foco na reabertura das atividades econômicas em vários países”, escreveram analistas do Bradesco.
Hoje, o relatório de emprego do governo dos EUA mostrou que a taxa de desemprego na maior economia do mundo teve uma queda inesperada em maio, passando de 14,7% em abril para 13,3%, contrariando as expectativas de alta para 19,8% em pesquisa da Reuters.
Participantes do mercado disseram que a leitura foi muito melhor do que a esperada, sinal de que o pior da crise econômica do coronavírus pode já ter passado.
“Além disso, o anúncio da ampliação do programa de estímulos monetários feito pelo BCE ontem (4) ainda traz impulso adicional aos negócios”, completaram analistas do Bradesco.
O Banco Central Europeu aprovou uma expansão maior do que a esperada em seu programa de estímulo ontem para impulsionar suas economias, ampliando as compras de ativos emergenciais em € 600 bilhões, para € 1,35 trilhão.
Enquanto isso, no Brasil, as atenções continuavam nos desdobramentos políticos, com expectativa de possíveis agitações sociais para o fim de semana.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar os manifestantes de grupos pró-democracia contrários ao seu governo de “marginais” e “terroristas” hoje, e pediu que as forças de segurança do país atuem contra as manifestações marcadas para domingo (7) se os grupos “extrapolarem” os limites.
Apesar de já ter perdido força desde que tocou máximas recordes próximas de R$ 6 em meados de maio, o dólar ainda acumula alta de cerca de 25% contra o real no ano de 2020, prejudicado por um cenário de incertezas políticas, juros baixos e fortes impactos econômicos causados pela pandemia de coronavírus.
Na última sessão, a moeda norte-americana spot teve alta de 0,89%, a R$ 5,1315 na venda.
O Banco Central ofertará hoje até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem, com os vencimentos divididos entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021. (Com Reuters)
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