O dólar era negociado em alta acentuada contra o real na manhã de hoje (9), recuperando algum terreno após fortes perdas recentes, em dia de menor apetite por risco no exterior antes da reunião de política monetária do Federal Reserve.
Às 10:16, a moeda norte-americana avançava 1,42%, a R$ 4,9240 na venda, enquanto o contrato mais negociado de dólar futuro ganhava 1,95%, a R$ 4,922.
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Analistas citavam um movimento de ajuste global hoje após vários dias positivos para ativos arriscados, que se beneficiaram das expectativas de retomada econômica e de dados promissores sobre o emprego nos Estados Unidos.
O dólar negociado no mercado interbancário fechou a última sessão em queda de 2,66%, a R$ 4,855 na venda, acumulando perda de cerca de 15% desde que tocou máximas recordes contra o real em meados de maio.
“O dólar andou caindo demais esses últimos dias, e hoje, lá fora, está subindo em relação a outras moedas fortes, então por aqui há alguma realização de lucros”, disse Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais.
“É um ajuste natural, ninguém esperava que o dólar fosse ficar caindo sem parar. É um movimento de equilíbrio do dólar, equilíbrio de juros e equilíbrio da bolsa.”
Em nota, analistas do Bradesco também citaram um ajuste nos mercados, mas ressaltaram que “vetores de melhora continuam presentes diante do processo de reabertura das economias e da percepção de que o pior ficou para trás”.
No exterior, o dólar ganhava força contra as principais divisas arriscadas, enquanto os futuros de Wall Street e as bolsas de valores europeias operavam em queda.
Enquanto isso, a atenção dos mercados globais se voltava para a reunião de política monetária do Federal Reserve, que começa hoje e será concluída no dia seguinte. Embora não sejam esperados grandes anúncios sobre os juros, as autoridades norte-americanas divulgarão projeções econômicas pela primeira vez desde dezembro, o que deve fornecer pistas sobre a saúde da maior economia do mundo.
Apesar da alta de hoje, o dólar já se desvalorizou acentuadamente desde que ficou a poucos centavos de bater R$ 6 em meados de maio. Para os mercados, ainda é difícil dizer se a recuperação do real será definitiva, uma vez que riscos negativos — como a chance de uma segunda onda de infecções por Covid-19 e incertezas políticas locais — permanecem no radar.
Hoje, o Banco Central realizará leilão para rolagem de até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em setembro de 2020 e fevereiro de 2021. (Com Reuters)
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