O Ibovespa fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo hoje (10), sucumbindo mais uma vez a movimentos de realização de lucros, enquanto agentes financeiros continuam avaliando o patamar de preços das ações frente à situação das economias afetadas pela pandemia de Covid-19.
Amanhã (11), a B3 não funciona, uma vez que manteve seu calendário original, mesmo após antecipação do feriado de Corpus Christi para abril em São Paulo, o que corroborou alguma cautela nos negócios, dado que os mercados no exterior estarão abertos.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 2,13%, a 94.685,98 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,6 bilhões.
Desde que tocou a mínima do ano durante um pregão, de 61.690,53 pontos, em março, o Ibovespa acumulava até o fechamento da véspera valorização de 56,8%. Ainda assim, continua distante da máxima intradia histórica registrada em janeiro, de 119.593,10 pontos.
Análise gráfica da equipe da Ágora Investimentos destacou que o Ibovespa retomará o rali de alta caso consiga vencer a resistência imediata na linha dos 97.400 pontos. O próximo objetivo projetado é os 104 mil pontos, por onde passa a reta traçada a partir do topo máximo do ano.
O Ibovespa chegou a reduzir a queda logo após a decisão do Federal Reserve, que manteve os juros entre zero e 0,25%, como esperado, e reiterou promessa de suporte extraordinário contínuo para a economia. Projeções econômicas do Fed ainda apontaram taxa de juros perto de zero até pelo menos 2022.
O fôlego, contudo, perdeu força e o Ibovespa renovou mínimas na sessão. Em Wall Street, o S&P 500 chegou a trabalhar no azul, mas também abandonou o sinal positivo e fechou em baixa de 0,5%. De acordo com o chairman do Fed, o caminho à frente para a economia é altamente incerto.
“O comunicado do Fed trouxe o mercado para a realidade econômica dura, quando disse que milhões de pessoas podem precisar de mais ajuda financeira dos governos e que temem novas ondas de Covid-19”, afirmou a analista de ações Cristiane Fensterseifer, da casa de análise Spiti.
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Da cena brasileira, a prefeitura de São Paulo autorizou a reabertura de comércios de rua e imobiliárias na nova fase da retomada econômica em meio à pandemia de coronavírus, embora com funcionamento restrito. Havia expectativa de uma decisão sobre os shoppings nesta quarta-feira.
O governo do Estado de São Paulo, por sua vez, anunciou nesta quarta-feira que comércio de rua e os shoppings centers poderão reabrir em todas as cidades da região metropolitana da capital paulista a partir de segunda-feira. (Com Reuters)
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