O dólar fechou perto da estabilidade ante o real hoje (9), depois de chegar a cair perto de 2% e ao fim de mais uma sessão de muita instabilidade por causa de renovados temores de que potenciais novos bloqueios por causa da Covid-19 possam prejudicar a ainda incipiente recuperação econômica.
O dólar à vista teve variação negativa de 0,07%, a R$ 5,3436 na venda. Na B3, o dólar futuro rondava estabilidade, a R$ 5,3430, às 17h12.
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No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas de países desenvolvidos abandonou queda de mais cedo e subia 0,31% no fim da tarde.
A recuperação da moeda foi acompanhada de piora em ativos de risco no mundo. Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 cedeu 0,6%, segundo dados preliminares, após operar em alta mais cedo na sessão. E o Ibovespa, que nesta quinta chegou a superar a marca de 100 mil pontos pela primeira vez desde março, não sustentou os ganhos e terminou abaixo desse patamar.
A pandemia segue como ponto de preocupação entre investidores. Os Estados Unidos registraram mais de 60 mil novas infecções por Covid-19 ontem (8), novo recorde global diário.
“O mercado continua ‘olhando por cima’ destas questões, enquanto não há um aumento expressivo de internações e fatalidades. O efeito econômico, de qualquer forma, deve ser negativo para a recuperação global, mesmo que não vejamos novas quarentenas e/ou lockdowns”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.
O Bradesco avaliou que a incerteza deixou os mercados sem direção única nesta sessão.
“Se por um lado o resultado da inflação chinesa indica que a recuperação da economia do país segue em curso, por outro o aumento significativo do número de casos de Covid-19 nos EUA mantém as preocupações dos investidores com uma possível frustração com o ritmo de retomada da economia norte-americana.”
No câmbio doméstico, a volatilidade seguiu dando a tônica.
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O dólar abriu em queda e posteriormente zerou o movimento, mas voltou a cair e renovou mínimas de olho no ambiente externo até então positivo. A cotação chegou a perder perto de 2%, antes de devolver boa parte desse movimento.
Na mínima, a divisa desceu a R$ 5,2460 (queda de 1,89%) e, na máxima, subiu 0,60%, para R$ 5,3795.
Em entrevista à Reuters, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a autarquia vê com preocupação o fato de a volatilidade do real estar sempre acima das demais moedas, mas que ainda estuda as causas por trás desse fenômeno.
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