O dólar voltava a cair ante o real na manhã de hoje (22), cedendo mais de 1% à medida que a permanência do bom humor visto na última sessão compensava uma nova escalada nas tensões entre Estados Unidos e China.
Às 10:20, o dólar recuava 1,23%, a R$ 5,1475 na venda. Na mínima do dia, o dólar foi a R$ 5,1230. O dólar futuro de maior liquidez era negociado em queda de 0,81%, a R$ 5,1325.
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Ontem (21), esperanças em relação a uma vacina contra o coronavírus, somadas a um acordo europeu sobre estímulo econômico histórico e ao encaminhamento da proposta de reforma tributária ao Congresso no Brasil, impulsionaram o apetite por risco, levando a moeda norte-americana à vista a fechar em forte queda de 2,44%, a R$ 5,2115 na venda.
O clima otimista continuava presente hoje, elevando ativos arriscados mesmo após notícias de que os Estados Unidos ordenaram o fechamento do consulado chinês de Houston, no Texas, agravando as tensões entre as duas maiores economias do mundo.
“Ainda no radar estão as intermináveis preocupações com as tensões entre os Estados Unidos e a China; (…)Pequim classificou a atitude (dos EUA) como ultrajante e injustificável”, citou em nota Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora. Os mercados temem uma retaliação do país asiático, o que poderia prejudicar o acordo comercial entre os dois países.
Mas o pessimismo ficava de lado, pelo menos por enquanto, e moedas emergentes pares do real, como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano, operavam em alta contra o dólar.
No Brasil, o governo encaminhou ao Congresso ontem a parte inicial de sua aguardada proposta de reforma tributária, que contempla a união de PIS e Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA).
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“O projeto de lei do governo dá entrada pela Câmara, mas deve ser discutido pela comissão mista, que inclui deputados e senadores, e já discute as PECs 45 e 110. O gesto ajuda o tema a ganhar momento”, disseram em nota analistas da XP Investimentos. “O negativo é que a reforma por etapas enfraquece as próximas fases, caso tardem muito a serem formalizadas.”
A opinião de vários agentes do mercado é de que a proposta do governo sinaliza a possibilidade de retomada da agenda de reformas, que havia sido interrompida pela crise econômica e sanitária gerada pela pandemia de coronavírus, e pode tornar o Brasil interessante para investidores estrangeiros.
Enquanto isso, a prévia da confiança da indústria doméstica sinalizou recuperação do setor, mais um sinal de que o pior da crise econômica da Covid-19 já passou.
No ano de 2020, o dólar ainda acumula ganhos de cerca de 28% contra o real, apoiado pelo cenário de juros baixos. (Com Reuters)
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