A petroleira Chevron reportou hoje (31) um prejuízo de US$ 8,3 bilhões no segundo trimestre, impactada pela reavaliação do valor de ativos em função da queda dos preços dos combustíveis, pela saída forçada da Venezuela e por gastos relacionados a milhares de demissões.
Reavaliações de ativos multibilionários se tornaram uma parte importante dos resultados do segundo trimestre no setor de energia, depois de a pandemia de Covid-19 afetar a demanda por combustíveis e gerar um enorme excesso de oferta em todo o mundo.
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Mas as baixas também refletem uma percepção cada vez maior de que a desaceleração econômica pode deprimir os preços da energia por vários anos. Rivais da Chevron, como Total, Shell e Eni, promoveram reavaliações de bilhões de dólares em ativos, enquanto a BP registrou um corte de US$ 17,5 bilhões no período.
A Chevron teve baixas de US$ 5,6 bilhões em ativos de produção de óleo e gás, incluindo todo o seu investimento na Venezuela, onde vinha sendo a última grande petroleira norte-americana a manter operações. O governo Donald Trump pediu diretamente que a empresa se retirasse do país.
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O prejuízo também inclui gastos de US$ 1 bilhão em seguros para os cerca de 6.700 trabalhadores que deixaram a empresa em meio à reestruturação global dos negócios. A equipe da Chevron possui cerca de 45 mil funcionários.
“Serão anos para que a economia se recupere, e os preços dos nossos produtos estão relacionados à atividade econômica”, disse em entrevista o diretor financeiro da Chevron, Pierre Breber, referindo-se à queda de 32,9% no PIB dos EUA no trimestre. Ele acrescentou que a empresa pretende continuar restringindo os gastos em novos projetos. (Com Reuters)
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