O dólar tinha alta contra o real hoje (28), voltando a ganhar terreno depois da perda acentuada registrada na véspera, com os investidores em modo de espera no primeiro dos dois dias da reunião de política monetária do Federal Reserve.
Às 10:19, o dólar avançava 0,63%, a R$ 5,1906 na venda. O dólar futuro negociado na B3 subia 0,72%, a R$ 5,184.
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Segundo Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, o dia era marcada por “um pouquinho mais do mesmo”, com os investidores “conservadores” antes da decisão de amanhã (29) do banco central norte-americano, enquanto também aguardam decisão sobre um pacote de auxílio contra o coronavírus nos Estados Unidos.
Em sua reunião de dois dias, que começa hoje, o Federal Reserve deve reafirmar sua política superexpansionista, mantendo os juros por enquanto mas abrindo espaço para maior flexibilização no futuro.
De acordo com Villegas, a expectativa de manutenção dos juros nos Estados Unidos é o que explica a desvalorização do dólar frente outras moedas nas últimas semanas.
Além do Fed, no radar dos investidores também estava a notícia de que senadores republicanos dos Estados Unidos propuseram ontem (27) um pacote de US$ 1 trilhão para o combate ao coronavírus que foi acertado com a Casa Branca, encaminhando conversas com os democratas.
Um pacote anterior de combate aos efeitos da pandemia expira este mês, e divergências entre os políticos norte-americanos sobre os termos e valor do novo auxílio levantavam temores sobre a saúde da economia norte-americana, principalmente em meio à alta nos casos de coronavírus nos Estados Unidos.
No exterior, moedas emergentes pares do real, como peso mexicano, lira turca e rand sul-africano, registravam perdas acentuadas contra o dólar.
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Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, disse em nota que “o nosso real (..) está sem grande influência interna, visto que a reforma tributária não empolgou como se esperava de imediato, e assim fica à mercê do comportamento da moeda norte-americana no mercado global”.
“No nosso mercado de câmbio a influência local é tão somente a volatilidade, que poderá se agravar se efetivamente o Copom” reduzir ainda mais a Selic, “já que há sinais consideráveis de que o juro baixo é o fomentador deste movimento.”
A redução dos juros a mínimas históricas tem afetado rendimentos locais atrelados à Selic, o que prejudica a entrada de investimento estrangeiro no Brasil e, consequentemente, afeta o fluxo cambial. No ano, em meio a esse cenário, o dólar acumula ganho de quase 30% contra o real.
Na última sessão, o dólar spot teve queda de 0,94%, a R$ 5,1583 na venda.
O Banco Central fará nesta terça-feira, entre 10h15 e 10h20, leilão de rolagem de até US$ 2 bilhões em linhas de moeda estrangeira com compromisso de recompra. (Com Reuters)
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