O dólar registrava queda contra o real hoje (29), dia de decisão de política monetária do Federal Reserve, com expectativa dos mercados de que o banco central norte-americano mantenha sua postura expansionista.
Às 10:24, o dólar recuava 0,73%, a R$ 5,1198 na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro caía 0,59%, a R$ 5,1195.
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Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, disse à Reuters que, em meio a noticiário doméstico mais calmo, “está todo mundo de olho lá fora, acompanhando, aguardando a decisão” do Federal Reserve, observando que qualquer sinalização de estímulo do banco norte-americano teria um impacto positivo sobre os mercados.
Ao final de sua reunião de dois dias, hoje, o Fed não deve anunciar uma grande mudança na sua política monetária. A expectativa é de que as autoridades sinalizem o compromisso do Fed com medidas de estímulo, uma vez que os casos de coronavírus nos EUA têm saltado recentemente, ameaçando a recuperação da maior economia do mundo.
Ainda nos EUA, o processo de negociação de um novo pacote de estímulo fiscal passava por dificuldades, com divergências entre o Congresso e a Casa Branca levantando temores sobre o futuro do consumo no país, uma vez que o auxílio extraordinário do governo para desempregados expira na sexta-feira (31).
No exterior, moedas pares do real, como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano, registravam alta contra a divisa norte-americana, enquanto os futuros de Wall Street subiam moderadamente antes do anúncio do Fed.
Já no Brasil, analistas citavam impacto positivo dos dados do Caged, que já tinham fornecido algum suporte ao real na sessão anterior, quando foram divulgados. O Brasil fechou 10.984 vagas formais de trabalho em junho, piora numa comparação anual, mas desacelerou o ritmo de perdas frente aos meses anteriores.
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Segundo analistas da XP Investimentos, o número superou as expectativas dos mercados e mostrou efeito de medidas para amenizar o impacto da pandemia sobre o mercado de trabalho.
O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos, e registrou mais 40.816 casos de Covid-19 ontem (28), chegando a um total de 2.483.191. Mesmo sem sinal de desaceleração significativa nos casos e óbitos no país, grandes centros econômicos, como São Paulo, seguem com medidas de flexibilização das medidas de contenção da doença de modo a retomar a atividade econômica.
No ano de 2020, em meio aos efeitos econômicos da pandemia e a um cenário de juros baixos, o dólar acumula salto de 27% contra o real.
Na véspera, o dólar negociado no mercado interbancário teve variação negativa de 0,02%, a R$ 5,1572 na venda. (com Reuters)
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