O dólar iniciava a semana estável contra o real hoje (20), refletindo o leve apetite por risco dos investidores em dia marcado por atenções divididas entre esperanças de estímulo nas maiores economias do mundo e saltos nos casos globais de coronavírus.
Às 10:05, o dólar recuava 0,11%, a R$ 5,3763 na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro caía 0,07%, a R$ 5,384.
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O pregão era marcado pelo sentimento misto dos agentes do mercado, uma vez que a alta nos casos de coronavírus era compensada pelo progresso nas negociações de um fundo de recuperação para ajudar na retomada econômica da União Europeia.
No quarto dia de conversas em Bruxelas, surgiram hoje sinais de que líderes dos países do norte do bloco estão dispostos a se comprometer com € 1,8 trilhão em estímulos.
No entanto, o Parlamento Europeu vai recusar apoio a qualquer acordo fechado por governos da UE sobre o pacote de estímulo ao bloco devido ao coronavírus se ele não atender a certas condições, disse seu líder hoje.
Enquanto isso, nos EUA, o Congresso norte-americano deve discutir um novo pacote de estímulo esta semana à medida que vários Estados voltam a mostrar saltos nas infecções por Covid-19.
Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, disse à Reuters que neste pregão o que fragiliza o dólar contra o real são os boatos de estímulo no exterior, mas que, num cenário mais amplo, o nível dos juros no Brasil deve manter a moeda norte-americana nos patamares elevados atuais até o final do ano.
“O dólar não tem fugido muito desses parâmetros; não há motivo para pressão nem volume de oferta. Esse vai ser o perfil do dólar até o final do ano”, afirmou. “O que aumenta é a volatilidade, que hoje é 30 vezes maior do que no começo do ano” devido à baixa da Selic.
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A redução sucessiva da taxa básica de juros a mínimas históricas afetou o mercado de câmbio ao pressionar rendimentos brasileiros atrelados à Selic, tornando o Brasil menos atrativo para o investidor estrangeiro quando comparado a pares emergentes com mesmo nível de risco e retorno mais alto.
Ainda assim, destacou Sidnei Nehme, quando se trata dos setores de infraestrutura e agronegócio, um dólar mais forte torna o país “mais barato”, o que favorece a competitividade brasileira no mercado.
Neste pregão, no exterior, pares arriscados do real, como peso mexicano, lira turca, rand sul-africano e dólar australiano, apresentavam leves quedas contra a divisa norte-americana.
Na última sessão, na sexta-feira (17), o dólar negociado no mercado interbancário teve alta de 1,02% contra o real, a R$ 5,3824 na venda. (Com Reuters)
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