O dólar começou a semana em queda ante o real, firmando baixa na parte da tarde conforme os mercados globais se animaram com notícias promissoras sobre potenciais vacinas contra a Covid-19.
A moeda brasileira esteve entre as de melhor desempenho global nesta sessão, mantendo padrão de amplas oscilações diante do que analistas classificam como efeito colateral de menores volumes de negócios.
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O dólar à vista caiu 0,75%, a R$ 5,3419 na venda.
Na B3, o dólar futuro tinha baixa de 0,73%, a R$ 5,3485, às 17h19.
Testes de possíveis vacinas têm se mostrado promissores. Mais recentemente, vacinas de AstraZeneca, CanSino Biologics Inc e de uma parceria entre Pfizer Inc e a empresa alemã de biotecnologia BioNTech foram administrados com segurança e induziram respostas no sistema imunológico de pacientes.
O índice do dólar frente a uma cesta de moedas cedia 0,1% no fim da tarde.
A queda do dólar ante o real nesta sessão manteve a taxa de câmbio “presa” a uma faixa cada vez mais estreita no fechamento – na qual está desde meados de junho – e que contrasta com as amplas variações percentuais intradiárias das últimas semanas.
Hoje (20), a moeda oscilou entre alta de 0,18%, a R$ 5,3923, e baixa de 0,99%, para R$ 5,329.
Alguns profissionais de mercado dizem que o fato de o dólar terminar as sessões regulares próximo a patamares recentes depois de grandes variações no intradia indica que o mercado pode estar sendo conduzido por operações de “day trade” – quando há abertura e fechamento de contratos na mesma sessão.
“Além disso, o volume de contratos em cada uma das pontas [compra e venda] está menor do que nos últimos meses, o que dá a operações pontuais mais peso na formação do preço do câmbio”, disse Felipe Pellegrini, gerente de tesouraria do Travelex Bank.
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De toda forma, Pellegrini acredita que o mercado tem potencial de entrar em rota mais positiva em meio a sinais de andamento de reformas.
Com a expectativa de divulgar amanhã (21) sua proposta para unificar PIS e Cofins, a equipe econômica quer apresentar em 15 dias o conjunto restante da reforma tributária, que envolverá para pessoas físicas a diminuição das deduções possíveis no Imposto de Renda, mas também das alíquotas de tributação, disse Guilherme Afif, secretário especial do Ministério da Economia.
“É um assunto novo e interno [reforma tributária]. Pode mexer bem no dólar”, concluiu Pellegrini. (Com Reuters)
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