O dólar oscilava entre altas e baixas contra o real hoje (3), refletindo a menor liquidez devido a feriado nos mercados norte-americanos, enquanto os investidores dividiam as atenções entre o aumento nos casos de coronavírus nos Estados Unidos e dados econômicos positivos.
Às 10:44, o dólar avançava 0,02%, a R$ 5,3508 na venda. A moeda tocou R$ 5,3814 na máxima do pregão, antes de perder força e cair para R$ 5,3291 na mínima. O dólar futuro de maior liquidez perdia 0,11%, a R$ 5,361.
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No exterior, divisas arriscadas tinham comportamento misto contra o dólar, com peso mexicano rondando a estabilidade, lira turca e rand sul-africano caindo e dólar australiano registrando ganhos.
A volatilidade era citada por vários analistas e corretoras como fator importante neste pregão, uma vez que os mercados norte-americanos estavam fechados hoje devido ao feriado do Dia da Independência nos EUA, reduzindo a liquidez.
“Em dia de feriado nos Estados Unidos pelo 4 de Julho e menor liquidez, as atenções se voltam para a escalada de tensões entre Pequim e Washington”, disse a XP Investimentos em nota, citando temores de sanções econômicas entre as duas maiores economias do mundo depois que a China sancionou uma lei de segurança nacional para Hong Kong.
Mas, do lado positivo, a corretora destacou dados sobre emprego norte-americanos da véspera e números de PMI da zona do euro, que foram bem recebidos pelos mercados.
A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de hoje mostrou que a contração da atividade empresarial da zona do euro provocada pelas paralisações contra o coronavírus perdeu força em junho em meio à reabertura de empresas.
Além disso, outros dados mostraram que o setor de serviços da China expandiu no ritmo mais rápido em mais de uma década em junho.
Segundo nota do Bradesco, os números de PMIs de junho, “puxados principalmente pelo setor de serviços, reforçam percepção de recuperação global”, mas a alta de casos de coronavírus nos Estados Unidos ameaça deixar os sinais de uma recuperação econômica em segundo plano.
No Brasil, segundo Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, além das pressões externas devido à crise sanitária nos EUA, pesa “a questão da taxa de juros, que pode ser um pouco mais baixa” de acordo com sinalizações do Banco Central. O cenário de juros em mínimas históricas torna rendimentos locais atrelados à taxa Selic menos atraentes para os investidores estrangeiros.
O dólar negociado no mercado interbancário fechou a última sessão em alta de 0,60%, a R$ 5,3499 na venda.
O Banco Central ofertará nesta sexta-feira até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em novembro de 2020 e março de 2021. (Com Reuters)
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