O dólar teve firme alta ante o real hoje (23), devolvendo parte das quedas das últimas três sessões, em um clássico dia de aversão a risco nos mercados externos por receios sobre o ritmo de recuperação dos Estados Unidos em meio a temores de efeitos econômicos de tensões EUA-China.
O dólar à vista
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A moeda oscilou em alta durante todo o pregão. Na máxima, foi a R$ 5,2235, ganho de 2,14%, e na mínima marcou R$ 5,12, leve valorização de 0,11%.
Na B3, o dólar futuro
O salto do dólar spot nesta quinta mais do que apagou a queda de 1,87% da véspera e quebrou uma sequência de três baixas, na qual a cotação acumulou perda de 4,98%.
No que tem sido padrão, o real mais uma vez teve a maior oscilação entre as principais moedas, desta vez para o lado negativo. A lista de maiores quedas globais na sessão continuava com rand sul-africano
Todas essas divisas, assim como real, têm estreita correlação com os preços das matérias-primas <.TRCCRB>, que caíam 0,3% nesta sessão, em meio a receios sobre o ritmo de recuperação econômica nos EUA.
Compondo o panorama de aversão a risco, o Ibovespa <.BVSP> fechou em queda de quase 2%, o índice S&P 500 <.SPX> da Bolsa de Nova York recuou 1,2% (ambos segundo dados preliminares). Diante da busca por ativos seguros, o ouro
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O mercado recebeu mal os mais recentes dados de auxílio-desemprego nos EUA, que mostraram elevação ante a semana anterior, “em um dos mais claros sinais de que a recuperação da economia dos EUA está estagnando”, disseram analistas do Wells Fargo.
Investidores correram para outras moedas fortes, o que empurrou o euro
Mas esse quadro de dólar fraco é limitado a comparações com outras divisas de reserva. Moedas de risco, caso do real, tendem a sofrer com dúvidas sobre a força da economia norte-americana, já que um enfraquecimento nos EUA poderia pressionar a atividade no mundo e afetar demanda por commodities, por exemplo.
Nesse cenário, o Bank of America segue vendo dólar a R$ 5,20 ao fim de setembro e de R$ 5,40 ao término de 2020.
“O potencial de uma possível vacina para o Covid-19 no curto prazo, juntamente com as próximas eleições nos EUA, são os principais eventos de risco previstos”, disseram profissionais do BofA sobre fatores com chance de impactar o dólar nos próximos meses. (Com Reuters)
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