O Ibovespa quase bateu nos 100 mil pontos hoje (8), fechando em alta de mais de 2%, com apostas positivas na retomada econômica em um ambiente de taxas de juros extremamente baixas prevalecendo sobre o cenário ainda nebuloso quanto à pandemia de Covid-19.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa marcou 99.769,88 pontos no final do pregão, elevação de 2,05%. No melhor momento, chegou a 99.972,78 pontos. A última vez que superou os 100 mil pontos foi em 6 de março, antes do agravamento da epidemia do coronavírus no país. O volume financeiro no pregão somou R$ 26,3 bilhões.
Números sobre as vendas no varejo brasileiro, com crescimento recorde em maio ante abril, endossaram visões de que o pior pode ter ficado para trás e serviram como argumento para compras de ações, um dia após movimentos de realização de lucros colocarem o Ibovespa abaixo de 98 mil pontos.
Para o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, os dados referentes a maio e junho, no Brasil e no mundo, têm se mostrado mais positivos que o esperado há um mês, diante das evidências de que a retração da economia no segundo trimestre possa ser menos intensa.
“No curto prazo, acumulam-se sinais de melhora da atividade e o cenário nos parece assimétrico para cima”, afirmaram os economistas dos bancos, acrescentando, contudo, que ainda há muita incerteza em relação ao médio prazo e que não vislumbram a atividade brasileira voltando ao nível pré-pandemia tão cedo.
Ainda antes da abertura do pregão, o IBGE mostrou que as vendas no varejo brasileiro avançaram 13,9% em maio na comparação com o mês anterior, alta recorde e melhor do que as expectativas, embora ainda insuficiente para zerar perdas dos dois meses anteriores por causa da pandemia.
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Em ajustes na sua carteira ‘Buy List’, o Itaú BBA disse que estava começando a repensar a longo prazo, à medida que os riscos associados à crise com a pandemia do Covid-19 começam a diminuir, embora ainda vislumbrem riscos de maior volatilidade no exterior e no Brasil.
No exterior, Wall Street deu aval para a trajetória positiva na bolsa paulista, com o S&P 500 fechando em alta de 0,78%, apoiado por ações de tecnologia, apesar da alta nos novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos. O Nasdaq renovou recorde de fechamento.
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