A elétrica Neoenergia, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, registrou lucro líquido de R$ 423 milhões no segundo trimestre, com recuo de 18% na comparação com o mesmo período do ano passado principalmente devido a impactos do coronavírus sobre as distribuidoras de energia do grupo.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização da companhia (Ebitda), que também tem negócios em geração e transmissão, atingiu R$ 1,1 bilhão, com retração de 19% ano a ano, em meio à queda no consumo e a uma maior inadimplência dos clientes em meio à pandemia.
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Em meio ao cenário desafiador para as elétricas, a receita operacional líquida da Neoenergia fechou o trimestre entre abril e junho em quase R$ 6,6 bilhões, estável na comparação com o segundo trimestre de 2019.
O volume de energia injetada na rede das distribuidoras da companhia, que tem concessionárias na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo, recuou 8,95% frente ao mesmo período do ano anterior, impactado por quarentenas para conter a disseminação do vírus que levaram ao fechamento de negócios e a uma forte desaceleração na atividade econômica.
No acumulado do primeiro semestre, a energia injetada teve retração de 4,3%.
Ainda assim, a Neoenergia fechou o período com alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e o Ebitda de 12 meses, em 3,07 vezes, com pouca variação ante 3 vezes no final de 2019.
Em termos de investimentos, a Neoenergia registrou desembolsos de R$ 1,37 bilhão no trimestre, quase 50% mais que em mesmo período do ano passado.
A maior parte foi para redes de distribuição, com R$ 796 milhões, enquanto R$ 372 milhões foram para os negócios em transmissão e R$ 165 milhões para projetos de geração renovável.
No acumulado de 2020 até o final do primeiro semestre, os aportes alcançaram R$ 2,3 bilhões, com avanço de 30% ano a ano.
Em meio aos impactos do coronavírus sobre o setor de distribuição, a Neoenergia concordou em aderir a um empréstimo viabilizado pelo governo junto a um grupo de bancos para apoiar as elétricas devido à forte perda de caixa.
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As distribuidoras da Neoenergia tomarão R$ 1,66 bilhão junto à Conta-Covid, nome dado pelo governo à operação, que é liderada pelo BNDES mas envolve principalmente instituições financeiras privadas.
Além dos negócios em geração, a Neoenergia possui operações de transmissão de energia e ativos de geração que incluem uma fatia na hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e uma série de parques eólicos no Nordeste. (Com Reuters)
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