A brMalls teve prejuízo de R$ 619,7 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 425,35 milhões no mesmo período de 2019, com declínio acentuado de receitas, sob efeito das medidas de combate ao coronavírus que prejudicaram o setor de shopping centers.
Em termos ajustados, a companhia apurou lucro líquido de R$ 10,25 milhões, um tombo de 93,1% ano a ano.
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De abril a junho, a brMalls alcançou receita líquida de R$ 185,5 milhões, queda de 43,7% ano a ano. O declínio passa a 38,8% quando excluídos os shoppings vendidos em 2019.
A variação é resultado das restrições de funcionamento em decorrência dos impactos da Covid-19 aplicadas ao longo de todo o trimestre em nossos shoppings e o efeito da linearização dos contratos de aluguel.
Do receita total, R$ 17 milhões orrespondem a lojistas que se encontravam inadimplentes com o condomínio, explicou a empresa. Desta forma, o montante foi provisionado a título de perdas esperadas.
“Considerando as incertezas mercadológicas percebidas neste trimestre, optamos por tratamento conservador às provisões para devedores duvidosos e realizamos provisões extraordinárias”, acrescentou a empresa.
A companhia retomou a operação de todos os 31 shoppings de seu portfólio até 10 de agosto, embora ainda com restrições no horário de funcionamento.
“Há uma recuperação consistente no fluxo de veículos em nossos shoppings, reflexo da gradual abertura e flexibilização dos horários de funcionamento dos ativos e do nosso protocolo de reabertura”, observou a companhia ontem (13).
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A receita total de aluguéis caiu 34,2%, para R$ 164,2 milhões. Excluindo efeito de linearização de aluguel, essa linha teve declínio de 73,9%, a R$ 63,2 milhões. A brMalls concedeu isenção de 100% dos aluguéis no período em que as operações ficaram fechadas por ordem de governos locais.
O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 854,7 milhões, revertendo resultado positivo de R$ 728,5 milhões um ano antes. Em termos ajustados, o Ebitda somou R$ 48,6 milhões, queda de 80%, com a margem desabando de 73,6% para 26,2%.
A FFO (Funds From Operations), indicador do fluxo de caixa, ficou negativa em R$ 611,7 milhões, após desempenho positivo de R$ 430,6 milhões um ano antes. Em termos ajustados, ficou positivo em R$ 18,3 milhões, queda de 88,2% ano a ano, com a margem caindo de 46,8% para 9,8%.
O resultado operacional líquido (NOI) caiu 52,9%, para R$ 137,4 milhões.
A brMalls fechou junho com posição de caixa de R$ 1,2 bilhão, alta de 27,3% em relação ao fim do primeiro trimestre. A alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado 12 meses subiu para 2,9 vezes, de 2,1 vezes no final de março. (Com Reuters)
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