A petroquímica Braskem teve um prejuízo bilionário no segundo trimestre, refletindo a combinação de queda nas receitas devido à crise da Covid-19, despesas ligadas a um dano geológico em Alagoas e pressão financeira devido à alta do dólar.
A companhia anunciou ontem (5) que teve prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões de abril a junho, ante lucro de R$ 57 milhões um ano antes. Ainda assim, o resultado foi melhor do que do primeiro trimestre deste ano, quando o prejuízo tinha sido de R$ 4,06 bilhões.
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Numa mão, o resultado financeiro foi negativo em R$ 2,42 bilhões, 164% pior do que um ano antes. A empresa tinha no fim de junho exposição líquida em moeda estrangeira no montante de US$ 2,85 bilhões.
Em outra frente, a Braskem fez provisão adicional de R$ 1,6 bilhão referente a um fenômeno de afundamento de solo em Maceió, onde a empresa tem operações.
Por último, a Braskem teve queda nas receitas em função da desaceleração econômica global desde março com a emergência da pandemia. A receita líquida da companhia no trimestre, de R$ 11,2 bilhões, foi 16% menor do que um ano antes.
O resultado operacional da petroquímica medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente somou R$ 1,655 bilhão, alta de 2% ano a ano.
A Braskem disse que abriu apuração para identificar a origem de possíveis irregularidades envolvendo unidade no México. (Com Reuters)
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