A confiança de serviços no Brasil registrou seu quinto avanço consecutivo em setembro, mas a acomodação do ritmo da demanda e as expectativas incertas para os próximos meses mantiveram a tendência de desaceleração nos ganhos do setor.
Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados hoje (29) mostram que o Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela instituição, teve alta de 2,9 pontos em setembro, a 87,9 pontos. Apesar da quinta alta consecutiva, a leitura revela um movimento de desaceleração a partir de julho, depois que o indicador registrou salto de 11,2 pontos em junho.
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“Em setembro, a confiança do setor de serviços mantém sua trajetória ascendente, mas ainda em ritmo desigual entre os segmentos, e encontra-se em patamar abaixo do período pré-pandemia”, disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
“Houve acomodação nos indicadores que medem a situação atual, sugerindo que não há alteração no ritmo de demanda por serviços no mês”, explicou, acrescentando que há muita incerteza em relação à sustentabilidade de uma retomada ao longo dos próximos meses, “principalmente pela cautela dos consumidores, piora do mercado de trabalho e proximidade do fim dos programas de auxílio do governo.”
Em setembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve variação positiva de 0,1 ponto, a 76,9 pontos, ainda abaixo do nível pré-pandemia, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 5,4 pontos, a 98,9 pontos, igualando-se a níveis vistos em fevereiro deste ano, antes do impacto econômico da Covid-19. (Com Reuters)
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