O dólar passava a recuar contra o real na manhã de hoje (3), acompanhando uma melhora no sentimento global na esteira de dados norte-americanos acima do esperado, enquanto os investidores locais reagiam a uma nova alta na indústria brasileira e aguardavam o encaminhamento da reforma administrativa ao Congresso pelo governo Bolsonaro.
Às 10:39, o dólar recuava 1,02%, a R$ 5,3038 na venda, enquanto o dólar futuro negociado na B3 tinha queda de 0,72%, a R$ 5,3075.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
Mais cedo, logo após a abertura, tanto o dólar à vista quanto o futuro haviam apresentado leve alta, mas devolveram os ganhos depois da notícia de que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, a 881 mil.
Nos mercados internacionais, na esteira da divulgação dos números, os futuros de Wall Street reduziram suas perdas iniciais, enquanto os rendimentos dos Treasuries apresentaram alta.
Enquanto isso, o cenário político e econômico doméstico continuava no radar dos investidores.
Segundo Cristiane Quartaroli, economista do banco Ourinvest, “um dos principais ‘drivers’ do mercado é o ânimo maior por essa aparente coordenação política” entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, enquanto “a entrega da reforma administrativa ao Congresso é uma sinalização positiva”.
Secretários do Ministério da Economia participavam de entrevista coletiva nesta manhã para apresentar os detalhes sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa do governo federal, depois que a sinalização de retomada da agenda de reformas animou os mercados brasileiros na véspera. A cerimônia de entrega da proposta está prevista para as 18h.
O alívio no ambiente local vem depois de um agosto duro para o real, que foi duramente pressionado por perspectivas pessimistas sobre a política brasileira em meio a boatos sobre possível fraqueza de Paulo Guedes dentro do governo, assim como temores sobre o desrespeito ao teto de gastos diante dos gastos causados pela pandemia.
VEJA TAMBÉM: Dólar perde mais um suporte técnico e fecha na mínima em 4 semanas
“Não sabemos até quando esse alívio se sustenta”, disse Quartaroli, que citou um ajuste técnico depois dos fortes ganhos registrados pela moeda norte-americana em meio à incerteza doméstica como um fator de impulso para o real.
Hoje, os investidores também reagiam à divulgação de dados sobre a indústria brasileira, que iniciou o terceiro trimestre com aumento da produção pelo terceiro mês seguido e acima do esperado em julho.
Na véspera, o dólar spot teve queda de 0,49%, a R$ 5,3586 na venda, menor patamar desde 6 de agosto.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021. (Com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Participe do canal Forbes Saúde Mental, no Telegram, e tire suas dúvidas.
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.