O Ibovespa descolou do exterior e afundou nesta segunda-feira (28), testando a barreira dos 94 mil pontos durante a sessão. Os investidores esperavam por um consenso em torno da reforma tributária na reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, ministros e representantes do Congresso Nacional realizada nesta manhã. Além de não apresentar avanços no campo das reformas, o encontro definiu que o Renda Cidadã, programa de transferência de renda que irá substituir o Bolsa Família, será financiado com recursos destinados ao pagamento de precatórios do Governo Federal e do Fundeb.
A forma de financiamento afetou o humor do mercado e o Ibovespa mergulhou durante a sessão de hoje, encerrando com queda de 2,41%, aos 94.666 pontos. A preocupação com o cenário fiscal impulsionou o dólar para a sua alta em quatro meses. A moeda fechou o dia com valorização de 1,46%, negociado a R$ 5,63.
Também hoje, o Tesouro Nacional informou que a dívida pública federal do Brasil subiu 1,56% em agosto sobre julho, a R$ 4,412 trilhões, puxada pelo volume recorde de emissões no período. Ao todo, foram R$ 114,1 bilhões emitidos em agosto, o maior valor para o mês na série histórica do Tesouro que teve início em novembro de 2006.
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Na contramão do cenário doméstico, as Bolsas europeias registraram os maiores ganhos diários desde o início de junho puxadas, principalmente, pelos papéis do setor bancário. As ações do HSBC dispararam no dia depois da seguradora China Ping An informar o aumento da sua participação no banco.
O FTSE 100 avançou 1,46% nesta segunda-feira, enquanto o DAX ganhou 3,22% na sessão. O CAC 40, por sua vez, registrou alta de 2,40%, o Stoxx 600 valorizou 2,22% e o FTSE MIB, de Milão, teve alta de 2,47%.
Os ganhos dos bancos e empresas de energia também puxaram para cima os principais índices acionários dos EUA, com ativos do Citigroup e Morgan Stanley figurando entre os destaques da sessão.
O Dow Jones valorizou 1,51%, enquanto o Nasdaq cresceu 1,87% e o S&P 500 registrou ganhos de 1,61% no dia. No acumulado do mês, no entanto, o S&P 500 tem queda de 6% em um cenário local marcado por turbulência ante a aproximação das eleições norte-americanas e crescimento nos casos de coronavírus no país. (Com Reuters)
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