O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, 22, após trocar de sinal algumas vezes, encontrando respaldo na melhora de bolsas no exterior. O principal índice da Bolsa brasileira encerrou com ganhos de 0,31%, a 97.293 pontos. Os ganhos foram limitados pela ausência de fundamentos positivos relevantes e pelo cenário global ainda vulnerável.
Em Wall Street, as ações também encerraram em alta após quedas drásticas observadas ontem que empurraram o S&P 500 para o quarto dia consecutivo de perdas, a maior sequência negativa para o índice desde o final de fevereiro. O S&P 500 fechou com ganhos de 1,05%, o Dow Jones Industrial Average (DJIA) valorizou 0,52% e o Nasdaq subiu 1,71%. Em relação ao pico dos preços de setembro, os três índices acumulam quedas próximas dos 5%.
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Os principais índices europeus também fecharam suas sessões em alta, recuperando parcialmente a liquidação desencadeada por temores de novos lockdowns à medida em que os casos de Covid-19 aumentam em todo o continente.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,24%, a 1.388 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,2%, a 358 pontos, após registrar queda de 3,2% na segunda-feira.
O FTSE 100, do Reino Unido, saltou 0,4%, beneficiando-se de uma libra mais fraca depois do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pedir a população que trabalhe de casa, se possível, e ordenar o fechamento mais cedo de bares e restaurantes a fim de conter a segunda onda de infecções que se espalhou rapidamente pela região.
Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,43%, a 5.829 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,41%, a 12.594 pontos. Já o CAC-40, de Paris perdeu 0,40%, a 4.772 pontos. Em Milão, o FTSE/MIB teve valorização de 0,54%, a 18.895 pontos e, em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,65%, a 6.648 pontos. O PSI20, de Lisboa, desvalorizou-se 0,87%, a 4.121 pontos.
Dólar fecha em alta, impulsionado por alertas do Fed
Após registrar forte alta e se aproximar dos R$ 5,50, o dólar comercial fechou cotado a R$ 5,46 (compra e venda). O desempenho da moeda norte-americana frente ao real acompanhou a aceleração de ganhos observada no exterior depois que autoridades do Federal Reserve (Fed) emitiram alertas sobre o futuro da inflação, dos juros e da recuperação econômica dos Estados Unidos.
Em declarações feitas hoje ao Congresso dos EUA, Jerome Powell, presidente do Fed, disse que o caminho para a retomada da atividade da maior economia do mundo permanece incerto, apesar de uma “melhora acentuada” desde que a pandemia de coronavírus levou o país à recessão.
Ainda nesta terça-feira, Charles Evans, presidente do Federal Reserve de Chicago, reforçou a mensagem de Powell ao dizer que a economia corre risco de enfrentar uma recuperação mais longa e lenta caso o Congresso dos EUA não aprove um pacote fiscal para apoiar os desempregados, os governos estaduais e os municípios do país.
Perto das 14h, a cotação do dólar bateu a máxima intradiária de R$ 5,4975 (+1,81%), bem distante da mínima observada no início do dia, quando a moeda era negociada a R$ 5,3839 (-0,30%).
A perspectiva de possível aumento dos juros pelo Fed – e consequente melhora na atratividade dos rendimentos nos Estados Unidos – é vista pelos mercados como fator positivo para o dólar, que recentemente apresentou fraqueza generalizada depois que uma mudança no arcabouço de política monetária do Fed sugeriu que os juros por lá ficariam baixos por um período prolongado.
O patamar extremamente baixo da Selic, além de preocupações com a saúde das contas públicas brasileiras e incertezas políticas locais, é apontado por analistas como um dos principais fatores para a disparada do dólar em 2020, que já supera os 36%, em termos nominais. (Com Reuters)
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