O Ibovespa fechou em queda hoje (16), com Vale pressionando, mesmo após o Federal Reserve prometer manter os juros perto de zero até que a inflação nos EUA esteja a caminho de superar moderadamente a meta de 2% por algum tempo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,62%, a 99.675,68 pontos, em dia de variações relativamente pequenas, alcançando 100.663,36 pontos na máxima e 99.663,02 pontos na mínima.
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O volume financeiro no pregão somou R$ 22,95 bilhões, abaixo da média diária de 2020 de R$ 29,3 bilhões, apesar do vencimento de contratos de opções sobre Ibovespa na sessão.
Além de manter a taxa entre zero e 0,25%, o comunicado também mostrou que o Fed começou a se afastar de viés que contemplava estabilização dos mercados financeiros para estimular a economia.
Em Wall Street, o S&P 500 perdeu fôlego à tarde e fechou em baixa de 0,46%.
Na visão de profissionais do mercado ouvidos pela Reuters, eventos domésticos continuam pesando no Ibovespa e devem seguir no radar nos próximos meses, em particular as desavenças entre o presidente Jair Bolsonaro e a sua equipe econômica.
“O mercado quer de fato saber para onde vai a economia, se o governo será responsável em termos fiscais”, afirmou o gestor da Rio Verde Investimentos Eduardo Cavalheiro, acrescentando que tal incerteza tem deixado a bolsa brasileira ‘de lado’.
Em setembro, até o momento, o Ibovespa acumula variação positiva de 0,31%.
Para o sócio da Monte Bravo Investimentos Rodrigo Franchini, ruídos envolvendo a equipe econômica reavivam o debate sobre até onde ela tem de fato um “cartão verde” para buscar margem fiscal a programas assistencialistas sem flexibilizar o teto de gastos. “Tudo isso gera também uma aversão a risco”, afirmou.
O pregão brasileiro também teve de pano de fundo expectativa para a decisão de política monetária no Brasil. A maioria dos economistas consultados pela Reuters estima estabilidade do juro básico no piso histórico atual de 2% ao ano.
A Vale 2,6%, em sessão mais negativa para o setor de mineração e siderurgia, após altas recentes com perspectiva de dividendos da Vale e alta de preços por parte das siderúrgicas. A Vale também projetou capacidade de produção 450 milhões de toneladas no “futuro”. (Com Reuters)
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