A arrecadação do governo federal teve alta real de 1,33% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, a R$ 124,505 bilhões, segundo informações divulgadas hoje (1º) pela Receita Federal.
O desempenho interrompeu seis quedas mensais consecutivas e veio acima da expectativa de analistas ouvidos pela Reuters, que projetavam a arrecadação em R$ 109,078 bilhões no mês.
Antes de agosto, a arrecadação só teve performance positiva no ano em janeiro, quando houve alta de 4,69% frente ao mesmo período de 2019. As retrações aprofundaram-se significativamente nos meses de abril (-28,95%), maio (-32,92%) e junho (-29,59%), na esteira do impacto da crise do coronavírus sobre a atividade econômica.
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Segundo a Receita, o desempenho de agosto foi positivamente impactado pelo recolhimento de tributos que até então vinham sido diferidos diante de medidas tomadas pelo governo para dar alívio de caixa às empresas durante a pandemia.
A receita previdenciária subiu 13,74% em relação a agosto do ano passado, para R$ 40,010 bilhões. “Esse resultado pode ser explicado pelo fato de que em agosto de 2020 foi paga a parcela do diferimento da Contribuição Previdenciária Patronal relativo ao mês de abril de 2020 e dos parcelamentos especiais relativos ao mês de maio de 2020”, disse a Receita.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a arrecadação federal somou R$ 906,461 bilhões, uma retração de 13,23% em termos reais. No período, os diferimentos somaram R$ 64,523 bilhões, ressaltou a Receita.
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