Os bancos brasileiros repactuaram R$ 479 bilhões em crédito nos primeiros seis meses de 2020, ultrapassando mais de 10% do total da carteira de crédito das instituições analisadas pela EY no relatório Performance do Setor Financeiro, divulgado hoje (5).
As operações de crédito repactuadas – parcelas de financiamentos/dívidas prorrogadas – tiveram prazos entre 90 e 180 dias para o pagamento das parcelas, segundo o documento. Entre 17% e 35% dos clientes postergaram as parcelas de débitos pela segunda vez.
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“Grande parte das repactuações (94%) são de clientes com rating entre AA e C, ou seja, clientes que, no máximo, possuem até dias 60 de atraso. A maioria destas operações também possui garantias atreladas, 63% na média não ponderada da nossa amostra. Os bancos que reportaram os histórico de relacionamento dos clientes que repactuaram indicaram um relacionamento médio de 14 anos”, afirma o relatório.
Dados do Banco Central (BC) apontam que entre 16 de março e 7 de agosto R$ 797 bilhões em parcelas de dívidas haviam sido prorrogadas, sendo os bancos públicos responsáveis pela maior valor das operações, enquanto os bancos privados responderam pelo maior número de contratos repactuados. As pessoas físicas solicitaram 87% das postergações, o equivalente a 55% do montante repactuado.
Os dados do BC consideram todas as operações do Sistema Financeiro Nacional. Já a EY analisou dados públicos de bancos bancos brasileiros com volume de ativos superior a R$ 900 bilhões que operam no Brasil: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa Econômica Federal.
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