Um grupo de sete grandes bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, definiu hoje (9) a criação de uma moeda digital, numa tentativa de se aproximar dos avanços da China e passar por cima de projetos privados, como a Libra, do Facebook.
Entre as principais características, a moeda deve ter resiliência, disponibilidade de baixo ou zero custo, padrões apropriados e aparato legal, além de prever um papel apropriado para o setor privado.
O vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Jon Cunliffe, disse que o crescimento dos pagamentos digitais desde o início da pandemia acelerou a transformação tecnológica relacionada ao uso do dinheiro.
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Os bancos centrais começaram a olhar mais atentamente para moedas digitais após o Facebook anunciar em 2019 o lançamento da Libra, moeda que seria lastreada por uma cesta das principais divisas e títulos de dívida governamentais. A rede social depois mudou os planos e, agora, espera lançar várias stablecoins lastreadas por moedas individuais.
Além do Fed e do BoE, participam da iniciativa o Banco Central Europeu, o Banco Nacional da Suíça e o Banco do Japão.
Os chineses já estão em processo de criação de sua moeda digital e o Banco Popular da China afirma que a iniciativa vai impusionar o alcance do iuan em um mundo dominado pelo dólar.
Na véspera, o principal diplomata do Japão para finanças, Kenji Okamura, disse que a China está buscando obter a vantagem de ser a primeira a desenvolver sua própria moeda digital, alertando que isso é “algo que deveríamos nos preocupar”. (Com Reuters)
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