O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer hoje (19) que não há como manter o pagamento do auxílio emergencial por um período maior do que o planejado devido ao aumento do endividamento do país.
O presidente já vinha alertando para a dificuldade do governo manter o benefício, mas deu sinal verde, em contrapartida, para que o Congresso busque uma fonte de financiamento para um programa de distribuição de renda em substituição ao Bolsa Família, o Renda Cidadã.
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“Eu sei que os R$ 600 (do auxílio) é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. Tem que ter responsabilidade para usar a caneta BIC. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque o endividamento nosso é monstruoso”, argumentou o presidente.
O Congresso Nacional aprovou a criação do auxílio emergencial no valor de R$ 600 mensais durante três meses, após acordo com o governo federal, apesar do valor inicialmente proposto pela equipe econômica ser de R$ 200. Após esse acordo, o governo editou uma medida provisória (MP) prorrogando o pagamento do auxílio até o fim do ano, no valor de R$ 300.
A MP ainda não foi votada e a oposição na Câmara dos Deputados pressiona para que ela seja incluída na pauta, já que a estratégia de governistas é evitar que ela seja debatida. Sem ir a voto, a MP surte os efeitos desejados, já que tem força de lei no momento de sua publicação, sem o risco de ser alterada durante o debate por deputados na intenção de elevar o valor do benefício.
Em diversas declarações, o presidente da Câmara. Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem dado sinalizações que não irá tomar decisões que comprometam a já delicada situação fiscal do país e vem defendendo insistentemente a aprovação da regulamentação do teto de gastos como prioridade absoluta do Congresso.
No sábado (17), Maia já havia declarado que uma melhora na regulamentação do teto de gastos é mais importante do que a instituição de um novo programa de renda mínima. (Com Reuters)
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