O Bradesco teve lucro recorrente de terceiro trimestre acima do esperado pelo mercado, apesar do salto nas provisões para inadimplência gerado pela pandemia da Covid-19.
O segundo maior banco privado do país anunciou ontem (28) que teve lucro de R$ 5 bilhões de julho a setembro, cerca de 15% acima da média de estimativas de analistas, segundo dados da Refinitiv, mas 23,1% abaixo do lucro de um ano antes.
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O Bradesco reservou R$ 5,588 bilhões para créditos de liquidação duvidosa, alta de 67,5% ano a ano, mas queda de 37,1% em relação ao trimestre anterior.
Isso inclui R$ 2,6 bilhões em provisões extraordinárias ligadas a perdas potenciais decorrentes da crise do coronavírus. O banco disse que se prepara para um aumento da inadimplência em 2021.
“É um balanço com os primeiros sinais de reencontro com a normalidade, depois dos impactos da paralisação econômica com a pandemia”, afirmou o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, no relatório.
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Como o banco concedeu prazos de carência de até 180 dias para ajudar os clientes a enfrentar a crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus, seu índice de inadimplência em 90 dias caiu 0,7 ponto percentual para 2,3%. O banco disse que concedeu carência a R$ 73 bilhões em empréstimos.
A carteira de crédito do banco cresceu 0,5% no trimestre, principalmente com maiores empréstimos ao consumidor, mesmo com o país em recessão e o desemprego no maior nível em oito anos.
O Bradesco também implementou cortes de custos, que caíram 5,7% ano a ano, embora tenham crescido na medição sequencial. O banco fechou 372 agências no trimestre.
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O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 15,2%, recuperando-se do segundo trimestre, quando o banco decidiu constituir provisões extraordinárias para fazer frente à pandemia do coronavírus. (Com Reuters)
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