A bolsa de valores brasileira abre o dia próximo da estabilidade, de olho no sentimento negativo e nas incertezas do exterior, mas ancorando-se no lado positivo da tabela com a trégua vinda do recesso fora de época em Brasília. Às 10h31, o Ibovespa ganhava 0,02% aos 100.572 pontos. O dólar operava em queda de 0,45% contra o real, cotado a R$ 5,58 na venda.
As eleições norte-americanas e as negociações para um segundo estímulo fiscal nos EUA seguem no foco do mercado de ações em todo o mundo. Na Europa, essas incertezas, somadas às crescentes novas infecções por coronavírus na região, levam os índices a operar mais um dia em queda, após fortes perdas registradas na sessão de ontem. Também às 10h31, o FTSE 100 tinha queda de 0,24%, o DAX recuava 0,37% e o Stoxx 600 perdia 0,24%.
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Em Wall Street, o mercado toma fôlego com novos pedidos de seguro desemprego em queda na última semana, para 787 mil novas solicitações, um sinal de leve melhora no mercado de trabalho norte-americano, já que desde o fim de agosto os novos pedidos oscilavam entre 800 mil e 900 mil semanalmente. Os patamares, no entanto, ainda são elevados e aumentam a pressão sobre o Congresso para aprovação de medidas de suporte à economia.
As negociações sobre um novo projeto de lei de auxílio à crise do coronavírus nos Estados Unidos sofreram um revés ontem, quando o presidente Donald Trump acusou os democratas de não estarem dispostos a fazer um acordo aceitável, apesar de relatos de algum progresso no início do dia.
Também ontem, logo após o fechamento do pregão em Wall Street, a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou que ainda há a perspectiva de um acordo, apesar da resistência dos republicanos do Senado, mas disse que isso pode não acontecer antes das eleições. O porta-voz de Pelosi, Drew Hammill, escreveu no Twitter que a parlamentar e o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, conversariam novamente hoje.
Trump insiste que um acordo bipartidário entre Pelosi e Mnuchin receberia o número de votos necessários para a aprovação no Senado, onde os republicanos detêm uma maioria de 53 a 47. As pesquisas de opinião mostram que os eleitores culpam Trump pela forma como tem lidado com a pandemia, o que pode respingar na composição do próximo Congresso.
No cenário doméstico, dados da Receita Federal divulgados ontem revelam melhora na arrecadação do governo, com alta real de 1,97% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, a R$ 119,825 bilhões, maior valor para o mês desde 2014, impulsionado pelo recolhimento de Imposto de Renda das empresas. O resultado veio acima da expectativa de arrecadação de R$ 118,5 bilhões, segundo pesquisa da Reuters junto a analistas. (Com Reuters)
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