Um ambiente favorável para a demanda e para os preços do aço e minério de ferro ajudou a CSN a abrir a temporada de resultados do terceiro trimestre com lucro de mais de R$ 1 bilhão, ante prejuízo de R$ 870 milhões sofrido um ano antes. O resultado líquido da empresa, de R$ 1,26 bilhão, também foi quase três vezes maior que o lucro obtido pela companhia no segundo trimestre, de R$ 445,9 milhões.
A CSN, que até meados de julho projetava chegar ao fim de 2021 com uma relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 3 vezes, afirmou também ontem (15) que espera uma alavancagem no final do próximo ano de 2,5 vezes.
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Há meses, executivos da CSN vinham afirmando que a empresa conseguiria reduzir sua alavancagem – que no final do primeiro semestre estava em 5,17 vezes – para o nível de 3 vezes por meio de vendas de ativos, como a usina siderúrgica alemã SWT, operações como eventual IPO de suas operações de mineração e geração de caixa próprio. No terceiro trimestre, a alavancagem da empresa caiu para 3,67 vezes, abaixo do nível de 3,81 vezes um ano antes.
Parte do desempenho da CSN no 3T foi apoiado pela valorização das ações que possui da rival Usiminas. Segundo o balanço da CSN, no período, o aumento no valor dos papéis gerou ganho sem efeito caixa de R$ 537 milhões, o que ajudou a compensar parcialmente o custo da dívida.
A CSN vendeu no trimestre 27% mais aço que um ano antes, apesar dos efeitos da epidemia de coronavírus. Um dos setores da economia pouco afetados pela doença foi o de construção civil, um dos principais demandantes de aços longos. Já o segmento de veículos passou a ver uma forte retomada de vendas nos últimos meses, conforme medidas de isolamento social foram flexibilizadas por governos estaduais e municipais.
A CSN também conseguiu manter as vendas de minério de ferro no mesmo patamar do terceiro trimestre ano passado, na ordem de 9,2 milhões de toneladas. Ante o segundo trimestre deste ano, houve um aumento de 18% nas vendas da commodity.
Com isso, o Ebitda ajustado da CSN disparou 124% na comparação com o terceiro trimestre de 2019, para R$ 3,5 bilhões. A margem passou de 25,1% para robustos 39%.
A companhia terminou setembro com dívida líquida ajustada de R$ 30,6 bilhões, aumento de 11% na comparação anual, mas queda de 8% na trimestral. O caixa da empresa subiu em um ano de R$ 2,98 bilhões, para R$ 6,87 bilhões.
A CSN afirmou que no terceiro trimestre e início do atual manteve processo de alongamento de passivos, obtendo aprovações para extensão de cerca de R$ 600 milhões em dívidas junto a bancos privados. (Com Reuters)
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