O Ibovespa perdeu fôlego e encerrou o dia em leve correção com recesso fora de época em Brasília e impasse nas negociações para estímulo fiscal nos EUA. Apesar do recuo de 0,65% aos 101.259 pontos na sessão, o principal índice brasileiro ganha 3% na semana e acumula alta de 7% no mês. No ano, todavia, o saldo ainda é negativo: 12,44% de queda para o Ibovespa.
O dólar fechou mais um dia em alta, subindo 0,60% e negociado a R$ 5,62 na venda. Na semana, a cotação da divisa cedeu 0,24%, mas no acumulado do mês ganha 0,17% e dispara 40,25% em 2020.
As altas do Ibovespa na semana foram impulsionadas, principalmente, pela valorização nos papéis dos bancos. Os investidores ajustaram suas posições à espera dos balanços financeiros da próxima semana. O Santander abre a temporada no setor na terça-feira, seguido pelo Bradesco no dia seguinte. O Itaú Unibanco apresenta seus resultados em 3 de novembro e o Banco do Brasil em 5 de novembro. Os números do BTG Pactual são esperados para 10 de novembro.
Na próxima semana, além dos bancos, são esperados os balanços da Vale, Petrobras, Klabin, Cielo, Gerdau, GPA, Ambev, Telefônica Brasil, Lojas Americanas e B2W, Suzano e Usiminas.
No cenário macroeconômico, dados reportados hoje pelo Banco Central revelam que o Brasil registrou em setembro o sexto mês seguido de superávit em suas transações correntes, de US$ 2,320 bilhões, levando o déficit em 12 meses a cair a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB), menor patamar desde abril de 2018, refletindo o esfriamento da economia no país e no mundo em meio à pandemia.
Já os Investimentos Diretos no País (IDP) totalizaram US$ 1,6 bilhão, bem abaixo dos US$ 6 bilhões registrados em setembro do ano passado. A expectativa do BC é que o país feche o ano com déficit em transações correntes de US$ 10,2 bilhões. Já para o IDP, a projeção oficial, atualizada no final de setembro, é que o fluxo fique positivo em US$ 50 bilhões.
Ainda hoje, levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou alta em outubro de 0,94% na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), o maior patamar para o mês desde 1995.
Em Wall Street, o dia foi de cautela e volatilidade com investidores acompanhando a longa negociação entre democratas e republicanos para um pacote fiscal. Ontem, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, afirmou que a conversa com os parlamentares para um pacote de alívio aos danos econômicos causados pelo coronavírus – totalizando US$ 1,9 trilhão – entrou na fase de ajustes técnicos. O mercado acredita que um acordo de estímulo será alcançado. A única questão seria o tamanho e momento, disseram analistas à agência Reuters. O Dow Jones fechou o dia com queda de 0,10%, enquanto o S&P 500 ganhou 0,34% no dia e o Nasdaq Composite avançou 0,37%.
As bolsas europeias subiram nesta sexta-feira, impulsionadas por balanços positivos do Barclays e um salto na Airbus. Hoje, o FTSE 100 ganhou 1,29%, o DAX subiu 0,82%, o CAC 40 teve alta de 1,20%, o Stoxx 600 valorizou 0,62% e o FTSE MIB encerrou com ganho de 1,09%. O saldo semanal, no entanto, é negativo para os índices da região. (Com Reuters)
Destaques do Ibovespa
Maiores Altas
BRKM5: +4,35% a R$ 25,44
EMBR3: +3,96% a R$ 7,09
CSNA3: +2,63% a R$ 21,47
HGTX3: +2,55% a R$ 18,47
ABEV3: +2,36% a R$ 13,89
Maiores Baixas
PRIO3: -3,36% a R$ 36,30
MRFG3: -3,43% a R$ 14,65
JBSS3: -3,31% a R$ 21,30
GNDI3: -3,15% a R$ 64,34
CCRO3: -2,90% a R$ 12,37
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